compartilhar no whatsapp
compartilhar no telegram
compartilhar no facebook
compartilhar no linkedin
Altos níveis de conflito em um casamento podem ser tão prejudiciais quanto o tabagismo e o etilismo
Conflitos conjugais mal resolvidos e
recorrentes podem afetar negativamente a saúde das pessoas tanto quanto o
hábito de fumar ou beber, aponta estudo apresentado na Conferência da
Associação Internacional de Pesquisa de Relacionamento (IARR, na sigla em
inglês), que ocorreu nos Estados Unidos.
A equipe das Universidades de Nevada
e Michigan, ambas nos Estados Unidos, acompanhou 373 casais heterossexuais
durante os primeiros 16 anos de casamento para observar quais eram as
implicações em longo prazo de divergências frequentes.
Os participantes também foram
questionados sobre a qualidade de sono, nervosismo e dores de cabeça, bem como
se questões de saúde haviam afetado o trabalho.
Segundo o Medical Daily, os
resultados mostraram que as discussões acaloradas podem afetar a saúde mental, provocar
maior produção de hormônio do stress (cortisol), inflamações e alterações no
apetite. Além disso, dependendo dos tópicos abordados – filhos, dinheiro ou
sogros -, a saúde dos maridos parecia ter sido mais afetada do que a das
esposas. Se os cônjuges forem hostis ou defensivos durante discordâncias ou se
discutirem sobre o mesmo assunto repetidas vezes sem qualquer resolução, os
efeitos podem ser ainda mais prejudiciais.
Para Rosie Shroud, uma das autoras do
estudo, altos níveis de conflito em um casamento podem ser tão prejudiciais
quanto o tabagismo e o etilismo. “Não é o ato de caminhar pelo corredor ou
assinar uma licença de casamento que é benéfica para a saúde, é o que os
cônjuges fazem um pelo outro durante o relacionamento”, comentou.
Casamento
benéfico
Um estudo de 2011 descobriu que
ser casado diminuiu o risco de morte prematura em 15%, de acordo com
informações do The Telegraph. No ano anterior, pesquisas da Organização
Mundial de Saúde (OMS) mostraram que o casamento é capaz de reduzir o risco de
ansiedade e depressão. Outro ponto apontado foi o de que as pessoas que se
casavam estavam muito menos propensas a sofrerem de tristeza do que aquelas que
permaneciam solteiros.
No entanto, outro estudo de 2015
apontou que o casamento normalmente é mais benéfico para o homem. Mulheres de
meia-idade que nunca se casaram tinham praticamente a mesma chance de
desenvolver síndrome metabólica – uma combinação de diabetes, pressão alta e
obesidade – que mulheres casadas.