TikTok Shop promete revolucionar o e-commerce brasileiro e movimentar R$39 bilhões

  • Robson Leite
  • Publicado em 8 de abril de 2025 às 19:00
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Segundo especialista, a rede social está reescrevendo as regras ao unir descoberta, entretenimento e transação em um só lugar.

O TikTok Shop chega ao Brasil em maio de 2025 com o potencial de transformar o e-commerce nacional, unindo conteúdo e compra em uma experiência totalmente integrada.

De acordo com projeções do Santander, a novidade promete movimentar até R$39 bilhões até 2028, representando de 5% a 9% do e-commerce brasileiro e colocando a plataforma entre os 5 maiores players do setor.

“É uma experiência muito mais fluida e impulsiva, que une entretenimento com conversão”, comenta Rafael Kiso, fundador e CMO da mLabs, maior plataforma de gestão de mídias sociais da América Latina.

“O TikTok Shop elimina atritos na jornada de compra. O usuário vê um vídeo ou uma live, se interessa pelo produto e compra ali mesmo, sem sair do app. Dados do Santander e Itaú BBA mostram que esse processo pode levar menos de 7 minutos — é a combinação perfeita entre impulso e conveniência”, explica Kiso.

Ecossistema em transformação

Kiso detalha as oportunidades para diferentes atores:

Marcas: “É uma corrida para ocupar esse novo território e construir autoridade o quanto antes. Quem chegar antes pode se posicionar como referência na plataforma.”

Agências: “As agências também ganharão relevância, principalmente ajudando marcas a recrutarem vendedores com carisma para fazer lives e a produzirem conteúdo adaptado ao formato vertical, rápido, direto, que funciona bem no TikTok. Na China há agências especializadas somente para isto.”

Influenciadores: “Para os influenciadores, abre-se uma nova via de monetização com comissões por vendas em tempo real. Ou seja, não é só sobre alcance, é sobre impacto direto em vendas.”

Uma nova lógica: social + varejo ao vivo

No fim das contas, o TikTok não está apenas entrando no e-commerce, mas sim fundindo mídia social com varejo ao vivo. O fundador da mLabs contrasta o modelo com concorrentes:

“Mercado Livre e Shopee tentam o live shopping, mas não têm a fusão orgânica entre mídia social e varejo. O Instagram, por outro lado, insiste em levar o usuário para fora do app — justamente quando a rejeição a anúncios no feed só aumenta”.

“O TikTok não está apenas entrando no e-commerce. Está reescrevendo as regras ao unir descoberta, entretenimento e transação em um só lugar. A questão é: quem vai dominar essa nova lógica primeiro?”, provoca Kiso.


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