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Os estudos mostram que os cães de alerta médico são eficazes em aproximadamente 70% dos episódios de hipoglicemia.

Para muitas crianças, um cachorro é um amigo para brincar e dar carinho. Mas para Raelynn, uma garotinha com diabetes tipo 1, sua cachorrinha é também um anjo da guarda.
Spy, uma labradora amarela treinada como cão de alerta médico, tem uma missão essencial. Ela monitora os níveis de glicose da garotinha e avisa antes que algo grave aconteça.
O diabetes tipo 1 é uma condição autoimune que impede o corpo de produzir insulina, o que pode levar a grandes flutuações nos níveis de açúcar no sangue.
Segundo a médica Azka Afzal, quando a glicose atinge níveis extremamente baixos, a pessoa pode apresentar sintomas como tremores, tontura, suor excessivo, visão turva e até convulsões. Se não houver tratamento imediato, pode ser fatal.
Olfato incrível
Mas antes mesmo que o aparelho de monitoramento de glicose apite, a garotinha já fica sabendo que algo está errado. Isso porque Spy, com seu olfato incrível, consegue detectar as alterações químicas no organismo de Raelynn e reage instantaneamente.
Quando percebe que algo está errado, Spy pula sobre a menina para avisá-la e garante que ela tome a ação necessária. E como uma boa funcionária, Spy também recebe suas recompensas! Depois de cada alerta bem-sucedido, a cadela ganha petiscos, carinho e muito amor da família.
“Um anjo disfarçado”

Nas redes sociais, a família de Raelynn compartilha vários momentos do dia a dia com Spy. Em uma dessas ocasiões, enquanto estavam em uma loja, a cadela correu até Raelynn e deu o aviso. Ao conferir seu monitor de glicose, a menina percebeu que os níveis estavam caindo rápido.
Graças ao alerta de Spy, ela teve tempo de comer um doce e estabilizar sua condição antes que o episódio se agravasse.
Como os cães são treinados para essa missão?
O nariz de um cachorro é capaz de detectar odores em concentrações incrivelmente pequenas. No caso dos cães de alerta médico, eles são treinados para identificar a mudança no cheiro da saliva, do suor e da pele de uma pessoa quando sua glicose está muito alta ou muito baixa.
Segundo a Dra. Azka Afzal, o treinamento, que pode durar meses ou até anos, envolve o uso de reforço positivo.
Os cães aprendem a associar um determinado cheiro com a necessidade de emitir um alerta, que pode ser um toque com a pata, um empurrão com o focinho ou até mesmo latidos insistentes. Cada dupla tutor-cão define qual será a melhor forma de comunicação.
Depois que o cão passa pelo treinamento, ele e seu humano precisam treinar juntos por algumas semanas para garantir que ambos estejam preparados para atuar em equipe.
Segundo o portal Amo Meu Pet, os estudos mostram que os cães de alerta médico são eficazes em aproximadamente 70% dos episódios de hipoglicemia.
Isso é especialmente importante para pessoas que não sentem os sintomas da hipoglicemia, uma condição chamada de “inconsciência da hipoglicemia”, que pode ser ainda mais perigosa por impedir que o indivíduo perceba a queda nos níveis de açúcar.