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Adotar uma dieta adequada pode reduzir sintomas como queimação, dor abdominal e azia, segundo a nutricionista

A gastrite e o refluxo gastroesofágico são distúrbios digestivos que afetam milhões de brasileiros e comprometem a qualidade de vida.
De acordo com a Federação Brasileira de Gastroenterologia, cerca de 20% da população sofre com refluxo, enquanto aproximadamente 70% já enfrentaram episódios de gastrite ao longo da vida. Os sintomas mais comuns incluem queimação, desconforto abdominal e sensação de retorno do alimento.
A gastrite é uma inflamação da mucosa estomacal que pode ter diversas causas, como a presença da bactéria Helicobacter pylori, estresse e ansiedade (gastrite nervosa), ou intolerância a determinados alimentos.
Já o refluxo ocorre quando a válvula entre o esôfago e o estômago não funciona adequadamente, permitindo que o conteúdo gástrico retorne ao esôfago.
Ajuda alimentar
Além do acompanhamento médico, a alimentação tem papel crucial no controle dos sintomas e na promoção do bem-estar, como explica a nutricionista e pesquisadora Aline Quissak, coordenadora da pós-graduação Nutrição de Excelência.
“Nós somos o que comemos. A alimentação é a chave para muitos dos nossos problemas de saúde. Com ela, podemos melhorar ou piorar certos sintomas. Entender a causa e controlar a alimentação pode fazer toda a diferença,” diz Aline.
Se esse é o seu caso, confira as recomendações da nutricionista para melhorar sua alimentação:
O que incluir na dieta para melhorar os sintomas
Alguns alimentos ajudam a acalmar o sistema digestivo e reduzir a inflamação:
Alimentos com efeito calmante e anti-inflamatório: couve, gengibre, hortelã, alecrim e chás sem cafeína (camomila, erva-doce, melissa e erva-cidreira).
Frutas e vegetais: banana, pera, melão e vegetais cozidos.
Temperos naturais: cúrcuma, alho, manjericão, coentro, salsa, gengibre e erva-doce.
Carnes magras: frango grelhado ou assado, peixes com baixo teor de gordura (como pescada e merluza) e carnes vermelhas magras (como coxão mole e patinho).
O que evitar
Alguns itens devem ser reduzidos ou eliminados da alimentação para aliviar os sintomas:
Cafeína: presente em café, chocolate e alguns chás. Prefira versões descafeinadas e chás calmantes.
Leite e derivados: podem estimular a produção de ácido. Se consumidos, opte por versões desnatadas.
Alimentos irritantes e industrializados: frituras, embutidos, refrigerantes, energéticos, molhos fortes (como ketchup e pimenta), berinjela, tomate e alimentos processados.
Tabaco e álcool: aumentam a acidez estomacal e irritam a mucosa gástrica.
Goma de mascar e balas: estimulam a produção de ácido gástrico, agravando o desconforto.
Bastante água
Além das escolhas alimentares, a especialista orienta: beba bastante água fora dos horários das refeições, evite longos períodos em jejum, mastigue bem os alimentos e observe os sinais do corpo.
“Pequenas mudanças no dia a dia têm um impacto significativo na redução dos sintomas. Manter uma alimentação equilibrada, com alimentos calmantes e naturais, traz benefícios imediatos e contribui para a saúde digestiva a longo prazo”, reforça Aline Quissak.
O cuidado com a alimentação, aliado ao acompanhamento médico, é essencial para quem busca aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida frente a essas condições digestivas.