Vai viajar? Veja como evitar enjoo em carros, aviões e navios

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 24 de dezembro de 2024 às 11:30
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O enjoo do movimento, conhecido como cinetose e frequente em viagens de carro, avião ou navio, pode ser evitado com algumas dicas simples

O enjoo que algumas pessoas sentem durante as viagens se chama cinetose – foto Arquivo

 

Seja de carro, avião ou navio, muitas pessoas sentem um certo enjoo durante viagens, a chamada cinetose.

Essa condição, também chamada de mal do movimento, ocorre por conta de uma incompatibilidade sensorial entre o corpo e o ambiente externo, causando diversos sintomas, como enjoo, sudorese, tontura, sonolência e dor de cabeça.

“Os sintomas são desencadeados quando há algum conflito nas informações sensoriais relacionadas à visão, ao equilíbrio e à orientação espacial”.

“É o que acontece quando estamos em meios de transportes, quaisquer que sejam. Mas o problema é especialmente frequente em navios”, diz a otoneurologista Dra. Nathália Prudencio, médica otorrinolaringologista especialista em tontura e zumbido.

Apesar de ainda não haver comprovações científicas suficientes para explicar exatamente o que causa isso, é perceptível que a condição afeta mais crianças e mulheres.

“A cinetose é muito comum em crianças entre 2 e 12 anos, mas, nesses casos, o quadro tende a melhorar conforme elas crescem”, diz a especialista.

Ela também afirma que disfunções vestibulares, doenças como ansiedade e depressão e alterações hormonais também são fatores que predispõem à cinetose.

“Evidências também sugerem um fator genético nessa suscetibilidade, mas não há nada comprovado”, pontua a Dra. Nathália.

Felizmente, existem algumas técnicas para evitar o enjoo em viagens. Veja a seguir:

Maneiras de evitar o enjoo em carros, aviões e navios

De acordo com a especialista, existem algumas medidas que podem ajudar a lidar com essas crises, como optar por refeições mais leves antes de viajar, manter o olhar fixo no horizonte, permanecer em um ponto com bom fluxo de ar, respirar lentamente e não ler ou usar o celular enquanto o veículo está em movimento.

“Em alguns pacientes, a cinetose pode diminuir com a exposição prolongada ao estímulo responsável por gerar os sintomas, conforme o organismo se habitua a essa situação”, acrescenta.

Porém, em alguns casos, o problema pode persistir mesmo com a exposição continuada ou após um longo período sem se expor à experiência gatilho.

“E, apesar de geralmente não ser grave, a cinetose pode causar um grande desconforto e até impedir o paciente de realizar certas atividades, como viajar”, afirma a Dra. Nathalia.

Em alguns casos, pode ser interessante tomar um remédio que ajude com essa questão também.

“Quando as crises são muito frequentes, podemos recomendar o uso preventivo de medicamentos antidopaminérgicos e anti-histamínicos, que vão atuar nos receptores envolvidos na fisiologia da náusea e do vômito para controlá-los”.

“Em casos mais graves, em que a cinetose causa sintomas severos e frequentes, podemos recomendar também a terapia de reabilitação vestibular, que consiste em um conjunto de exercícios que vão levar à habituação de estímulos específicos, como a movimentação em viagens”, afirma a profissional.

Porém, é preciso sempre consultar um médico antes para entender qual a melhor solução para você.

Por fim, a Dra. Nathália Prudencio ressalta que a tontura é temporária e os sintomas da cinetose não persistem por muito tempo. Então, se persistirem, também é preciso buscar um médico.

*Informações Alto Astral


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