O que é umidade relativa do ar? Quais os níveis ideais e limites de tolerância

  • Robson Leite
  • Publicado em 7 de outubro de 2024 às 19:00
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Conforme a Organização Mundial de Saúde, a umidade ideal é de 60% para cima; abaixo, a saúde humana já passa a ser impactada

A umidade relativa do ar é muito importante para entender o clima de um lugar, já que influencia na formação de chuvas, manutenção da temperatura e diminuição da amplitude térmica.

Menos umidade causa muitos problemas, aumentando a chance de incêndios e influindo sobre o clima, o deixando desconfortável. Mas, para entender o conceito de umidade relativa do ar, primeiro devemos entender o que é umidade absoluta do ar.

De forma simplificada, a umidade do ar indica a presença de vapor de água na atmosfera, ou seja, H20 em estado gasoso. É a partir dela que se define se um clima é seco ou úmido.

Umidade atmosférica

Também chamada de umidade atmosférica, ela irá influenciar na sensação térmica de cada local, influenciando no calor que sentimos e que nosso corpo consegue aguentar.

Diversos fatores influenciam a umidade do ar: entre os principais, estão as massas de ar. As mais secas, como as continentais, diminuem a umidade, enquanto as mais úmidas, como as oceânicas, a aumentam, o que ajuda na formação de chuvas.

Zonas com mais árvores e corpos de água, como rios e lagos, têm maior umidade do ar. Ações humanas como o desmatamento diminuem esse índice.

O que é umidade relativa do ar?

Já a umidade relativa do ar, como o nome já explicita, mede a quantidade de vapor d’água atmosférica em relação à saturação do vapor disponível no ambiente.

Ou seja, quanta água em estado gasoso há no ar em relação ao máximo que poderia haver na temperatura atual. Quanto mais perto de 100%, mais água presente na atmosfera.

Em umidade relativa baixa, a amplitude térmica — diferença entre a maior e menor temperatura em um certo período — tende a ser maior, tornando os dias muito quentes e as noites bem frias, por exemplo.

Qual é a umidade do ar ideal?

Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), a umidade ideal fica de 60% para cima; abaixo disso, a saúde humana já começa a ser impactada.

Ela costuma baixar entre o final da estação de inverno e início da primavera, das 12 às 16 horas. Quando a umidade abaixa muito, nosso corpo também é afetado, podendo apresentar ressecamento e sangramento de mucosas, síndromes respiratórias e alérgica e irritação ocular; também aumenta a eletricidade estática acumulada em pessoas e equipamentos.

Há alguns cuidados possíveis quando a umidade está em estado crítico, com tempo muito seco: entre 21 e 30%, por exemplo, convém evitar exercícios físicos entre 11 e 15 horas, consumir mais água e umidificar o ambiente com vaporizadores, toalhas molhadas ou recipientes com água.

Entre 12 e 20%, além dos cuidados acima, convém evitar aglomerações em locais fechados, utilizar soro fisiológico para olhos e narinas e evitar exercícios e trabalho ao ar livre entre 10 e 16 horas. Abaixo de 12%, é melhor evitar qualquer atividade ao ar livre e manter a umidade em locais internos artificialmente.

Como se mede a umidade do ar?

O medidor de umidade do ar é chamado de higrômetro. Ele verifica, mais especificamente, a umidade presente nos gases da atmosfera, e pode ser construído com substâncias que possam absorver umidade atmosférica — até mesmo cabelo humano!

Segundo o portal Canaltech, nesse caso, é posta uma mecha de cabelo entre um ponto fixo e outro móvel e, de acordo com a umidade, ela varia de comprimento, arrastando o ponto móvel.


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