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Apesar de ser uma situação complicada, algumas atitudes podem melhorar muito a convivência entre casais divorciados e seus filhos
O divórcio é uma situação muito difícil e que afeta toda a família, principalmente os filhos – foto Shutterstock
Por mais que alguns casais consigam manter a cordialidade e o respeito após um divórcio, esse nunca é um processo 100% simples.
E tudo fica ainda mais complicado quando há crianças no meio disso, já que isso geralmente faz com que o ex-casal precise se ver e conversar mais vezes.
Nesses casos, muitas vezes os pais e mães acabam tomando atitudes errôneas que trazem consequências para os pequenos. Porém, como evitar que isso aconteça?
Segundo a advogada e empresária Andressa Gnann, sócia fundadora e gestora do escritório Gnann e Souza Advogados, uma das coisas mais importantes, nesse sentido, é saber separar as coisas.
“É preciso saber separar a relação entre ex-casal e entre pai e mãe, afinal, o casal pode não existir mais, porém, eles serão para sempre pais e mães dos filhos”, afirma.
Existem casos e casos, principalmente quando o ex-parceiro também não é um bom pai ou mãe.
Entretanto, quando as questões que trouxeram o divórcio foram apenas entre o casal, é importante saber continuar convivendo e se comportar da melhor forma possível.
A seguir, confira outras 5 atitudes que a especialista acredita que casais divorciados com filhos devem ter:
Preservar o respeito mútuo entre ex-cônjuges
Ainda que a relação amorosa não tenha dado certo, quem é pai e mãe precisa entender que exercerá esse papel para o resto da vida, por isso manter o respeito ao ex-parceiro é fundamental.
“O ex-parceiro ou ex-parceira pode ter sido péssimo como marido ou mulher, todavia, continua sendo pai ou mãe de seus filhos. Então, o respeito mútuo entre ambos deve prevalecer, pois nenhuma criança gosta de ver seu pai ou sua mãe sendo desrespeitado”, ressalta Andressa Gnann.
Não falar sobre o pai ou a mãe na frente da criança
Nenhuma criança gosta de ouvir alguém falando mal de seus pais, inclusive eles mesmos. Então não é legal ficar falando mal de seu ex-parceiro na frente dos pequenos.
“Muitos acham que a criança não está prestando atenção, mas elas ouvem tudo. Então, deixe para falar do ex-companheiro ou companheira na terapia ou com seu advogado e em todas as situações longe dos filhos”, afirma a advogada.
Entender que a criança tem direito à pensão alimentícia
Com um divórcio, é natural que uma das partes assuma a guarda e passe a ter que lidar com a questão das despesas.
Quem tem a guarda deve entender que a outra parte precisa ajudar financeiramente, pois é um direito da criança.
E quem não possui a guarda também precisa entender que é dever arcar com a pensão alimentícia judicialmente.
“Muitas mulheres, especialmente, deixam de pedir pensão alimentícia porque acham que é uma humilhação, mas precisam lembrar que a pensão alimentícia é um direito da criança e quem detém a guarda tem o dever de exigir a pensão alimentícia judicialmente, assim como o outro genitor tem o dever de contribuir financeiramente”, diz Andressa Gnann.
Ela sugere que seja feito um levantamento das despesas dos pequenos para que a pensão alimentícia seja mais justa e equilibrada, devendo sempre focar em manter o padrão de vida da criança, mesmo após a separação do casal.
Estimular a convivência
Há casos nos quais não dá para deixar a criança conviver com o pai ou com a mãe, pois isso pode colocá-la em risco.
Entretanto, se não for a situação de vocês, estimular essa convivência é uma das atitudes que casais divorciados com filhos precisam ter.
“Ser pai ou mãe a cada 15 dias não é o ideal, por isso é importante estimular a convivência com o outro genitor, seja um dia a mais por semana ou alguma atividade específica”.
“Além disso, outras formas de contato podem ser estabelecidas e, dependendo da idade da criança, mensagens via whatsapp ajudam a preservar o contato”, orienta a especialista.
Não usar a criança como “pombo correio”
Segundo Andressa Gnann, muitos ex-casais costumam usar os filhos como uma ferramenta para saber do ex-parceiro ou parceira ou, ainda, para enviar recados.
“Isso é muito desagradável e faz mal às crianças. Por isso, quem quer preservar os filhos após uma separação deve deixá-los longe desse tipo de coisa”.
“Eles não têm que ficar no meio de qualquer investigação que os ex-parceiros queiram fazer. E muito menos enviar recados, inclusive, quando diz respeito à pensão alimentícia”, finaliza a advogada.
*Informações Alto Astral