Estudo diz que benefício cobre menos da metade do necessário para refeições mensais; para durar todo o mês, o valor deveria ser R$ 1.135,42
O valor médio do benefício-refeição oferecido pelas empresas brasileiras cobre, em média, apenas 10 dias de refeições no trabalho.
O levantamento +Valor sobre salários foi feito pela Ticket, marca da Edenred Brasil, empresa especializada em benefícios e meios de pagamento.
De acordo com apesquisa, para que o trabalhador possa arcar com as despesas de almoço durante os 22 dias úteis do mês, o benefício deveria ser de R$ 1.135,42. No entanto, atualmente, as empresas concedem, em média, R$ 540,55, o que representa menos da metade do valor necessário.
A pesquisa considerou o preço médio de R$ 51,61 para uma refeição completa, que inclui prato principal, bebida, sobremesa e café.
Por região
A análise regional do levantamento mostra que nas regiões Sul e Sudeste o benefício-refeição dura em média 12 dias.
No Sul, onde o preço médio de uma refeição completa é de R$ 48,91, o trabalhador precisaria de R$ 1.076,02 para cobrir todas as refeições do mês, 85% a mais do que o valor médio oferecido pelas empresas da região, de R$ 580,94.
Já no Sudeste, com um preço médio de R$ 54,54 por refeição, seriam necessários R$ 1.199,88 para cobrir o mês, o que excede em 84% o valor médio concedido, de R$ 652,95.
Por outro lado, o Nordeste apresenta a menor média de duração do benefício, com apenas 8 dias. Nesta região, o preço médio da refeição completa é de R$ 49,09, resultando em um gasto mensal de R$ 1.079,98, o que é 163% superior à média do benefício recebido, que é de R$ 411,21.
Salário insuficiente gera endividamento
Outro estudo realizado pela Ticket, com quase 10 mil pessoas, revela que 71% dos entrevistados consideram os benefícios essenciais, visto que o salário não é suficiente para cobrir todas as despesas.
Segundo o portal Diário do Comércio, nesse cenário, a pesquisa também destaca que 81% das pessoas terminaram o primeiro trimestre de 2024 endividadas, e 60% delas apontaram a alimentação como o gasto mais significativo no orçamento.