Afinal de contas, é necessário usar protetor solar dentro de casa? Descubra!

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 17 de agosto de 2024 às 11:30
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Se você ainda tem dúvidas sobreo uso de protetor solar dentro de casa, a resposta com certeza vai te surpreender!

Câncer de pele corresponde a 30% dos tumores malignos e é o mais comum no Brasil – foto Freepik

 

O câncer de pele é o tipo mais comum registrado no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Correspondendo a cerca de 30% dos tumores malignos, a doença está relacionada, principalmente, com a exposição solar, ainda que fora dos horários de maior índice UV.

A fotoproteção através de filtro solar, roupas e bloqueadores físicos, como guarda-sol, chapéu e trajes UV auxiliam na prevenção da doença quando estamos expostos ao sol. Mas é necessário o cuidado dentro de casa?

Apesar da proteção extra que o lar oferece quando se trata de exposição aos raios ultravioletas, em decorrência das janelas, portas e frestas nós ainda continuamos expostos à radiação solar, o que levanta perguntas como: é preciso passar protetor solar dentro de casa?

A resposta curta é: sim.

Se o cômodo está iluminado, não importa se há sol ou se o tempo está nublado, quem está no espaço está exposto à radiação solar, ainda que, algumas vezes, em um nível menor do que do lado de fora.

Segundo Camila Alvarenga, médica dermatologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a proteção solar dentro de casa é a mesma de quando estamos na rua: “Se você está em um ambiente fechado, com todas as janelas e portas fechadas, não se aplica”.

“Mas se há luz, apesar do vidro filtrar um pouco da radiação, não a bloqueia totalmente, então, é como se estivesse em uma exposição solar direta”, explica, reiterando que os horários das 10 às 15 horas devem ser os mais cuidadosos.

Todos precisam usar protetor solar, dentro e fora de casa?

Novamente, a resposta direta é sim. Não importa a cor da pele ou facilidade para queimar/bronzear, todos devem evitar a exposição solar direta e passar protetor solar.

A diferença, segundo a médica dermatologista Kátia Volpe, é que pessoas de derme mais clara ou com manchas (incluindo sardas) são mais suscetíveis a queimaduras e ao câncer de pele, mas isso não significa que pessoas negras e pardas devam se proteger menos.

Pessoas com histórico familiar ou pessoal de câncer de pele, lúpus ou outras condições de sensibilidade ao sol também são considerados grupo de risco e precisam de proteção adicional, mesmo fora dos horários de maior perigo.

Kátia reitera que cerca de 80% da radiação solar consegue penetrar através das nuvens, significando que o tempo nublado, apesar de “enganar”, não expressa menos perigo quando o assunto é câncer e outras doenças de pele.

Como se proteger corretamente?

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), um fotoprotetor eficiente deve oferecer proteção contra a radiação UVA e UVB, sendo aqueles com FPS de 2 a 15 muito baixos e 30 médio. Enquanto aqueles que variam entre 30 e 50 FPS, são considerados de alta proteção.

Para os raios UVA, o órgão afirma não haver um consenso, mas os valores são medidos em estrelas ou números de 0 a 4, onde 0 é nenhuma proteção e 4 é altíssima proteção UVA.

Além de verificar os índices de proteção UVA e UVB, é necessário se atentar à resistência à água, UVA sempre metade do valor do FPS e o tipo de cada pele, a fim de garantir que o produto dure e não escorra ou seque.

Ainda segundo a SBD, o protetor solar deve ser aplicado quando ainda estamos em casa e pelo menos 15 minutos antes da exposição, e reaplicado a cada 2 horas quando em exposição ou logo após suar e se molhar.

As quantidades divulgadas de protetor solar incluem uma colher de chá para rosto e pescoço e 30 ml (um copo de shot) para o corpo, com detalhes expostos no guia de fotoproteção da SBD, que ainda explicita o uso em crianças, grávidas e pessoas consideradas grupo de risco.

*Informações Casa e Jardim