A cada notícia ruim é preciso ler 3 notícias boas para equilibrar a saúde mental

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 16 de agosto de 2024 às 19:00
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Professor e escritor diz que é preciso haver um equilíbrio entre as emoções para que a vida flua e a gente se sinta feliz

Sabia disso? É preciso ler três notícias boas para cada notícia ruim, para equilibrar a saúde mental.

É o que ensina o especialista e escritor Luiz Gaziri. Ele diz que essa “contabilidade” está comprovada em pesquisas científicas e que há uma melhora física e mental imediata, quando se adota essa prática.

“A Barbara Fredson, cientista da Universidade da Carolina do Norte, descobriu que para a gente ter bem estar, para cada emoção negativa que nós temos, a gente precisa ter 3 emoções positivas, isso chama-se proporção da positividade. Sem essa proporção a gente não consegue ser feliz”, disse.

Notícia ruim faz engordar e pode levar a AVC

Professor universitário, palestrante e autor de livros como A Ciência da Felicidade, Gaziri foi um dos principais nomes do 1º Congresso Internacional da Felicidade, que ocorreu esta semana em Brasília.

Lá ele contou que é preciso haver um equilíbrio entre as emoções para que a vida flua e a gente se sinta feliz: “Ler notícia boa é fundamental porque a vida depende do equilíbrio entre emoções positivas e negativas”.

E explicou o que acontece no corpo quando a gente lê muita notícia ruim:

“Existe uma liberação exagerada de cortisol, o hormônio do estresse, mobiliza energia, leva o máximo de sangue para os nossos músculos grandes, pra gente sair correndo de uma ameaça. Só que o cortisol vem com uma carga muito grande de glicose, que para ser processada tem que liberar insulina, que transforma a glicose em gordura abdominal”.

“Isso significa que consumir notícia ruim vai fazer com que fatalmente a gente engorde, ter mais chance de doença cardiovascular e AVC, por exemplo, e também resistência à insulina, que é a diabetes tipo 2”, alertou.

Cérebro se acostuma com o ruim

E o escritor explicou cientificamente que quanto mais notícia ruim as pessoas leem, mais o cérebro delas vai focar no negativo e criar uma visão distorcida do mundo real:

“Quanto mais informação negativa a gente consome, mais áreas do nosso cérebro, responsáveis pelo processamento de emoção negativa são alimentadas, então existe um crescimento de áreas como a amígdala, que é a parte do cérebro que processa o estresse, e isso faz com que no dia a dia a gente observe com mais facilidade as coisas ruins do que as coisas boas. Então a gente passa a ter uma imagem distorcida de como o mundo é de verdade”.

E isso cria um círculo do medo, algo como uma síndrome do pânico:

“Não pode mais andar na rua, não pode andar com o vidro abaixado [do carro], as crianças não podem mais brincar na rua. As pessoas acabam ficando com medo de tudo. E isso é horrível porque o mundo não é tão assustador assim como a gente imagina e a gente acaba vivendo uma vida que a gente não merece”, disse.

Notícia boa leva ao otimismo

Segundo o portal Só Notícia Boa, a saída para essa fobia está em ver coisas positivas, como ler noticia boa, que traz esperança e leva ao otimismo.

“Se eu ler muitas notícias boas, eu vou desenvolver áreas do meu cérebro, estreado, núcleos accumbens, córtex pré-frontal, que vão fazer com que eu vire um otimista. E otimista não significa ser desconectado da realidade. Eu sei que existem ameaças por aí, mas eu consigo enxergar o mundo numa ótica positiva, isso é importantíssimo para o nosso bem-estar porque o mundo é bom e as pessoas são boas”, reiterou.

Congresso Internacional da Felicidade

Luiz Garizi foi esta semana um dos palestrantes do 1º Congresso da Felicidade de Brasília, no Museu Nacional da República.

No evento, especialistas discutiram a ciência da felicidade e seu impacto no cotidiano das pessoas.

Participaram também o filósofo Leandro Karnal e Thakur S. Powdyel, ex-ministro da Educação do Butão e idealizador do índice de Felicidade Interna Bruta (FIB).


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