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Chatbots e aplicativos oferecem informações personalizadas sobre saúde, nutrição e exercícios, monitorando sinais vitais dos pacientes
Por Marcos Masini
A Inteligência Artificial (IA) está cada vez mais presente em diversos setores, e a saúde é um dos que mais se beneficiam. Com os avanços na tecnologia e a capacidade de processar grandes volumes de dados, a IA tem se mostrado uma aliada valiosa na promoção da saúde.
Ferramentas de IA, como algoritmos de aprendizado de máquina e redes neurais profundas, são usadas para analisar enormes quantidades de dados e indicadores de saúde, permitindo diagnósticos mais precisos e rápidos.
Empresas como a Zebra Medical Vision estão na linha de frente dessa revolução. Seus algoritmos conseguem analisar exames de imagem e sinalizar doenças como câncer de mama, doenças cardíacas e alterações no fígado com uma precisão comparável à de radiologistas experientes. Essa condição de detectar anomalias precocemente por meio de algoritmos pode salvar vidas, permitindo intervenções mais rápidas e eficazes.
Outro destaque é o Google Health, com sistemas que detectam câncer de pulmão com grande precisão e preveem condições oculares que podem afetar a visão, além de tratar mais de 50 doenças oculares.
A IA também está revolucionando o tratamento de doenças com a medicina personalizada. A IBM Watson for Oncology é uma plataforma que usa IA, continuamente aprimorada por dados de médicos e pesquisadores, para analisar o perfil genético de tumores e recomendar tratamentos específicos para cada paciente.
A aplicação de IA na saúde vai além dos diagnósticos e tratamentos. A assistente virtual de saúde Ada Health, por exemplo, usa IA para fornecer aconselhamento médico preliminar com base nos sintomas relatados pelos usuários. Desenvolvida por médicos e cientistas, e com mais de 10 milhões de usuários, a IA da Ada simplifica o caminho terapêutico e ajuda as pessoas a cuidarem de si mesmas.
Um avanço interessante é uma nova tecnologia de IA que ajuda pessoas com problemas vocais, como câncer de laringe, a retomar a fala. Pesquisadores da Universidade da Califórnia (UCLA) desenvolveram um tecido inteligente que, fixado à parede externa da garganta do paciente, pode recuperar a função vocal com 95% de precisão.
Além disso, chatbots e aplicativos inteligentes oferecem informações personalizadas sobre saúde, nutrição e exercícios, monitorando os sinais vitais dos pacientes e alertando-os sobre possíveis problemas de saúde.
Mas, nem tudo são flores. Essa parceria entre humanos e máquinas na saúde já é uma realidade poderosa, acelerando a pesquisa e transformando a saúde como a conhecemos. No entanto, deve ser guiada por princípios éticos. Como disse Stephen Hawking, “nosso futuro é uma corrida entre o poder crescente da tecnologia e a sabedoria com que a utilizamos”.
Portanto, a privacidade dos dados do usuário e a transparência dos algoritmos são preocupações reais. É essencial garantir que os dados dos usuários sejam protegidos e que os sistemas de IA sejam transparentes e auditáveis.
Quem corrobora com o debate ético da IA’s na saúde é a cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Soumya Swaminathan. Para ela, “as considerações éticas e os direitos humanos devem ser colocados no centro da concepção, desenvolvimento e implantação de tecnologias de IA para a saúde”.
Aqui no Brasil, mais precisamente em Salvador, ocorreu a 3ª Reunião do Grupo de Trabalho (GT) da Saúde do G20. Durante o encontro, representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) destacaram a importância da IA na promoção da saúde com equidade, marcos regulatórios e alfabetização digital.
Aliás, realmente há muito o que se debater; e rápido. Afinal, essa é mais uma revolução tecnológica que não tem volta. E à medida que continuamos a explorar o potencial da IA, é inegável que ela se estabelecerá como uma aliada indispensável na promoção da saúde e bem-estar da sociedade.
Nesse sentido, os profissionais de saúde desempenham um papel fundamental na discussão ética em torno da IA.
Marcos Masini
Jornalista, Teólogo, Social Media, Webwritter e Entusiasta de IA e em Promoção de Saúde.