Técnicos da decisão, Gustavinho e Helinho falam sobre suas expectativas e projeções

  • F. A. Barbosa
  • Publicado em 1 de junho de 2024 às 11:00
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Equipes têm sido as grandes protagonistas do basquete brasileiro

Gustavo de Conti e Helinho Garcia se reencontram nas Finais do NBB CAIXA 2023/24. A série melhor de cinco jogos entre Flamengo e Sesi Franca começa neste sábado (01/06), às 11h10, no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, com transmissão da TV Cultura, ESPN, Sportv, YouTube do NBB CAIXA e NBB BasquetPass. Antes do jogo 1, os dois treinadores falaram sobre os últimos ajustes das equipes e o que é necessário fazer para conquistar o título da temporada nesta verdadeira partida de xadrez.

O que é necessário fazer para conquistar o título?

Gustavinho: Mais do que fizemos na temporada e nos playoffs. As dificuldades vão aumentando em cada fase e, agora na final, é uma dificuldade imensa. Vamos enfrentar o atual bicampeão do NBB CAIXA, um time muito forte e precisamos estar dispostos, com muita determinação, muito concentrados nas coisas que combinamos, principalmente na parte tática. A gente precisa ser perfeccionista em tudo. Temos ainda que nos impor fisicamente porque a equipe deles é muito física também.

Helinho: Temos de manter uma pegada defensiva para que possamos minimizar e tirar o volume de jogadores importantes do Flamengo. A partir disso ter um controle do ritmo da partida e, obviamente, buscar passo a passo as vitórias necessárias rumo ao título

Quais os pontos fortes do adversário que necessitam de atenção especial?

Gustavinho: Franca tem muitos pontos fortes, não é o atual bicampeão à toa. É um time que teve uma campanha irrepreensível até agora. É uma equipe que tem um ataque muito poderoso, melhorou muito sua defesa na reta final. É uma equipe bem completa. É difícil até apontar apenas uma coisa que eles fazem bem, porque eles fazem muitas coisas inerentes ao jogo de basquete bem.

Helinho: O Flamengo tem um plantel muito forte, numeroso. Eles conseguem revezar bastante pela quantidade de jogadores que eles têm no elenco. É importante defendê-los da forma que eu falei. Eles têm vários jogadores que podem definir uma partida, assim como também temos. Por isso, é necessário ter um controle desses jogadores para que possamos conseguimos dominá-los defensivamente e atacá-los com uma facilidade maior.

O que mais trabalhar na reta final de preparação para as Finais?

Gustavinho: Temos trabalhado muito o aspecto mental, conversado muito sobre as finais, sobre a importância do título, sobre a parte tática. Na parte prática, o que temos feito é o que fizemos durante toda essa temporada, treinando fundamentos, finalizações, treinos defensivos e ofensivos. Técnica individual, tática individual, tática coletiva. Estamos tentando ficar especialistas em Franca, que agora é o nosso único adversário até o final do campeonato.

Helinho: Alguns ajustes táticos que podemos fazer. Adotar algumas opções que podemos explorar durante os jogos para alcançar o maior porcentual possível dentro do que podemos fazer ofensivamente.

Ainda é possível preparar alguma surpresa?

Gustavinho: Alguma surpresa muito acentuada é mais difícil, mesmo porque o basquete não tem uma cartada mágica, algo que vai surpreender muito o adversário taticamente, mas sempre temos algumas opções que treinamos ao longo da temporada, que ficam mais acentuadas agora, coisas que acreditamos que podem funcionar em determinados momentos dos jogos. Tem sempre uma coisa ou outra que agregamos e ajustamos para enfrentar determinado adversário e é o que vai acontecer agora.

Helinho: Não só Sesi Franca e Flamengo, mas os grandes times do mundo têm variações que podem ser colocadas dentro do repertório tático existente. A gente está sempre estudando aquilo que foi preparado durante toda uma temporada, mas sempre existem variações e isso torna o jogo mais apaixonante.

A memória recente dos confrontos entre vocês influência na estratégia?

Gustavinho: Não ficamos perdendo muito tempo com isso. Posso pensar que eles são os atuais bicampeões do NBB CAIXA, que não ganhamos deles nos últimos dois anos em finais, mas também posso pensar que ganhamos os dois jogos nesta temporada. Em vez de tentar desvendar o que pode acontecer nesta final, nós preferimos não pensar muito no histórico recente e sim de como será a partir de sábado.

Helinho: Os confrontos que tivemos ultimamente têm uma influência na estratégia sim. Conseguimos visualizar o que fizemos de errado para dar certo agora. O que fizemos bem e o que ainda podemos melhorar para ter o controlo dos jogos e buscar as vitórias.


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