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Pesquisa trouxe evidências de que a adesão aos exercícios físicos na meia-idade oferece ganhos semelhantes aos de começar mais cedo
Exercício também melhora saúde mental, cognitiva, melhora o sono e a memória – foto Freepik
Um estudo de larga escala realizado por pesquisadores australianos trouxe boas notícias para aqueles que engrenaram nos exercícios físicos apenas na meia-idade.
De acordo com o trabalho publicado na revista Plos Medicine na última quinta-feira (2/5), mesmo que o engajamento nas atividades esportivas ocorra durante uma etapa mais tardia da vida, é possível reverter os efeitos do sedentarismo e obter ganhos para a saúde física e mental, garantindo um envelhecimento com mais qualidade de vida.
O trabalho acompanhou, por mais de duas décadas, a saúde de 11 mil mulheres na faixa etária entre os 47 e os 52 anos.
A linha de corte entre as sedentárias e as que praticavam atividades físicas foram os 150 minutos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Durante o período no qual o estudo foi realizado, as voluntárias passavam por exames e entrevistas periódicas.
Os pesquisadores concluíram que as mulheres que começaram a se exercitar regularmente na meia-idade conseguiram resultados comparáveis aos das voluntárias que tinham esse hábito de saúde consolidado antes – em média, os dois grupos tinham três pontos percentuais à frente das que nunca ou raramente se exercitavam.
“Nossas descobertas sugerem que, para manter uma boa qualidade de vida relacionada à saúde física por volta dos 70 anos, é possível “compensar” o fato de não ter sido regular mais cedo, tornando-se ativo por volta dos 50 anos”, escreveram os cientistas da Universidade de Sydney, no texto de divulgação dos resultados.
Benefícios acumulados
Curiosamente, as voluntárias que só começaram a praticar exercícios físicos consistentemente aos 60 anos não observaram os mesmos benefícios constatados nas que começaram aos 50 anos.
A epidemiologista Binh Nguyen, que liderou a pesquisa, suspeita que isso ocorreu porque não houve acúmulo suficiente de atividade física para que os benefícios fossem evidentes por volta dos 70 anos.
Os pesquisadores afirmam que estudos específicos precisam ser feitos analisando dados de voluntários homens, mas eles afirmam que há motivos para acreditar que os resultados serão parecidos.
Recomendações da OMS
Em 2020, a OMS divulgou novas diretrizes sobre atividades físicas. A entidade passou a recomendar que todos, inclusive pacientes crônicos, idosos ou com alguma deficiência física, pratiquem de 150 a 300 minutos por semana de atividades aeróbicas – até uma hora de exercícios por cinco dias ou 40 minutos por sete dias.
Para crianças e adolescentes, a orientação é de 60 minutos de exercícios por dia.
Entre os benefícios da atividade física regular, estão a diminuição do risco de mortalidade por doenças cardiovasculares, hipertensão e diabetes tipo 2.
O exercício também atua positivamente na manutenção da saúde mental, cognitiva, melhora o sono e a memória.
*Informações Metrópoles
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