compartilhar no whatsapp
compartilhar no telegram
compartilhar no facebook
compartilhar no linkedin
A informação é de que empresários teriam recebido comissão de 30% do valor total da venda do atleta
Roberto de Andrade admitiu nesta sexta-feira que a comissão paga aos agentes de Jô referente à venda do atleta ao Nagoya Grampus, do Japão, de fato, foi maior que a média de mercado. Negociado por R$ 32 milhões, o artilheiro do Brasileirão acabou tendo o seu nome envolvido em polêmica por conta das altas cifras destinadas aos seus empresários, no entanto, o atual presidente do clube não vê nenhuma irregularidade ou problema no acordo entre as partes.
A informação de que empresários de Jô teriam recebido comissão de 30% do valor total da venda do atleta foi publicada pelo blog do Juca Kfouri. Se despedindo do cargo presidencial nesta sexta-feira, Roberto de Andrade resolveu colocar todos os pingos nos “is” antes de o novo presidente, que será definido neste sábado, tomar posse.
“Um negócio não é igual a outro. Já vendi jogador sem comissão e já vendi com comissão maior, porque tudo isso é tratado. Tudo passa pelo Banco Central e pela Fifa. Como tínhamos acordado dessa forma, foi assim que foi feito. ‘Ah, é fora do normal’. Pode ser, mas não é ilegal. Se fosse ilegal, a Fifa não aceitaria esse tipo de negociação”, afirmou o mandatário alvinegro.
Foi também durante a gestão de Roberto de Andrade que o Corinthians teve de se acostumar a perder seus principais jogadores por conta do sucesso. Além de Jô, o Timão foi obrigado a abrir mão de nomes como Jadson, Vágner Love, Renato Augusto, Gil e Ralf. Tendo de lidar com uma verdadeira debandada, o presidente manteve os pés no chão e evitou fazer loucuras para recompor o elenco.
“Eu acho que tudo tem um porquê. Fui por três anos diretor de futebol, então acompanhei o futebol muito de perto nesses últimos seis, sete anos. Uma coisa que sempre procuramos fazer aqui é ser claro, objetivo e respeitar as pessoas. Nunca um jogador do Corinthians saiu escorraçado, sem conversas. Sair faz parte de qualquer vínculo empregatício. Eu acho que isso foi a nossa grande virtude. Sempre tivemos o atleta pronto para atuar com a camisa do Corinthians mesmo sem, em alguns momentos, pagar salários e premiação. Nunca tivemos resposta negativa de nenhum atleta” prosseguiu Roberto de Andrade.
Por fim, o presidente do Corinthians, que exercerá o cargo somente até o final desta sexta-feira, fez uma rápida autocrítica sobre a sua gestão à frente do clube e se disse bastante orgulhoso, acima de tudo porque pôde levar o Timão a títulos bastante expressivos e com pouco poder de investimento.
“A gente tem que analisar que passamos pelos piores três anos da história do país e acho que isso deve ser levado em conta. Vimos grandes empresas quebrando. Acho que de tudo o que aconteceu nesses três anos, me dou por satisfeito por tudo o que fizemos”, concluiu.