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Nutricionista explica como a borda semelhante a um pão impacta no valor calórico, mas ela pode ajudar a você não comer o segundo pedaço
Comer a borda da pizza pode te ajudar na dieta, sabia? Foto Freepik
Quando o assunto é pizza, os brasileiros não perdem tempo. Um estudo realizado pela Associação Pizzarias Unidas do Brasil (Apubra) revelou que mais de 2.630 pizzas são preparadas por minuto em todo o país.
Junto à paixão pela delícia original da Itália, surge o questionamento: comer ou não a borda para evitar o peso extra?
Segundo a nutricionista Priscilla Primi Hardt, comer a borda traz, de fato, grande impacto no valor calórico, já que a massa da pizza se assemelha a um pão. Em compensação, ela pode evitar o consumo do segundo pedaço.
“Ao comer a borda da pizza, são ingeridas mais calorias. A pessoa precisa pensar se consegue se satisfazer com uma fatia sem borda”.
“Se a resposta for não, é provável que ela coma um segundo pedaço, que, apesar de ser sem borda, é mais calórico ainda”, ressalta.
Priscilla explica que a borda da pizza só tem a massa, que, praticamente, não tem gordura e é basicamente composta por farinha de trigo e fermento. O recheio já é rico em gordura, por ser à base de queijo.
“Então, é importante avaliar se, caso a borda não seja consumida, mais recheio será ingerido. O que significa mais gordura, que é mais prejudicial para o corpo do que só o carboidrato”, reforça a nutricionista.
Bordas recheadas
A pizza chegou ao Brasil no início do século XX, pelas mãos dos imigrantes italianos. A opção de alimento rápido e barato logo conquistou o paladar dos brasileiros e se tornou um dos pratos mais populares do país.
Com o tempo, surgiram as adaptações, com novos sabores e invenções.
As bordas recheadas surgiram no fim dos anos 1990, quando o empreendedor e economista Rubens Augusto Júnior desenvolveu a técnica.
Inicialmente, as bordas tinham o sabor tradicional de requeijão, mas os ingredientes foram se diversificaram.
A nutricionista Priscilla Primi Hardt lembra ainda que as bordas recheadas são mais calórica, por serem preenchidas com queijos mais gordurosos.
“Se não comer a borda tradicional de uma pizza, uma pessoa deve consumir entre 50 e 60 kcal a menos. Agora, se for a borda recheada, a calorias sobem para a faixa de 150 a 200 kcal”.
“O meu conselho é: com moderação, coma a borda simples, da pizza tradicional”, indica Priscilla.
‘É melhor optar por pizzas vegetais’
Uma pesquisa realizada pela Apubra em 203 empreendimentos do setor em junho de 2023 mostrou que são produzidas 3,8 milhões de pizzas diariamente em todo o Brasil.
Entre os sabores mais pedidos pelos brasileiros, calabresa está em primeiro lugar, com 38,2% dos pedidos de pizzarias que participaram do levantamento.
O segundo sabor mais consumido é o de muçarela, que concentra 16,2% dos pedidos. Em terceiro, fica margherita, com 13,2%, seguida da portuguesa, com 10,3%. A pizza de frango ocupa o quinto lugar, com 4,9% dos pedidos.
De acordo com a Apubra, em 2023, os estabelecimentos tiveram uma alta demanda de pizzas vegetarianas, servidas em 71,2% das unidades.
Já as pizzas veganas estão inclusas no cardápio de 47% das pizzarias, seguidas da pizza de massa integral (32,6%), zero glúten (27,3%) e zero lactose (18,9%).
A recomendação de Priscilla Primi Hardt é que as pessoas selecionem opções com massas integrais.
“Algumas massas de pizza são de fermentação longa. Elas não têm impacto no valor calórico, mas proporcionam uma digestão melhor, que não gera a sensação de estufamento. As massas integrais também são uma alternativa legal, com fibra”, sugere.
Em relação às coberturas, segundo a nutricionista, deve-se evitar aquelas com muita gordura, como queijos amarelos e mofados, e embutidos.
“Se possível, o melhor é optar por pizzas vegetais, com abobrinha, shimeji, shitake, palmito. O atum é uma opção mais saudável, por ter proteína”, conclui.
*Informações O Globo