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Com o avanço da ciência as pessoas têm mais poder contra o declínio cerebral do que se acreditava em tempos passados
Se, antes, a preocupação das pessoas se concentrava em doenças cardíacas ou câncer, por exemplo, hoje também se estende a distúrbios de memória, como a demência. A boa notícia é que, com o avanço da ciência, temos mais poder contra o declínio cerebral do que se acreditava no passado.
De acordo com a Harvard Health Publishing, os estudos apontam para a forte influência que um estilo de vida saudável exerce na manutenção da memória, mesmo em adultos mais velhos com risco genético para Alzheimer.
“Só porque você tem um histórico familiar de uma condição médica ou distúrbio neurocognitivo, como a demência, não significa necessariamente que você será atingido por isso”, argumenta Lydia Cho, neuropsicóloga do McLean Hospital, afiliado à Harvard.
Mandamentos
“Nossa genética não define completamente nossa saúde física e neurocognitiva. Temos a escolha de como melhorar nossos corpos e mentes para viver a vida mais saudável possível”, frisa a especialista.
Já que tomamos conhecimento dessa questão, agora, nos resta seguir as recomendações científicas para manter a saúde cerebral em dia, não é mesmo?
Confira seis mandamentos para conter o declínio da memória, segundo o portal do Metrópoles:
01 – Veja o que você está colocando no seu prato!
Aderir a uma dieta saudável reduz o risco de coágulos e outros problemas nos vasos sanguíneos do cérebro, o que diminui o risco de acidente vascular cerebral, a segunda principal causa de problemas de memória.
“O que é ruim para o cérebro? Um exemplo importante é comer açúcares simples e carboidratos em alimentos processados, o que causa picos de glicose e insulina que podem danificar as células cerebrais”, acredita Andrew Budson, professor de neurologia na Harvard Medical School.
02 – Mexa-se, sempre!
Indica-se praticar pelo menos 150 minutos de atividade moderada ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana. O exercício consistente aumenta a saúde do cérebro tanto na redução do risco de acidente vascular cerebral quanto na geração de novas células cerebrais.
“Além disso, há mais células cerebrais novas produzidas numa estrutura chamada hipocampo — que é crítica para a aprendizagem e a memória — do que em qualquer outra parte do cérebro”, pontua o especialista.
03 – Pare, mesmo, de fumar!
Andrew Budson explica que, ao não fumar, o indivíduo está fazendo duas coisas muito importantes: reduzindo o risco de acidente vascular cerebral e aumentando a capacidade de transporte de oxigênio dos glóbulos vermelhos.
04 – Diminua o álcool
Segundo o professor, não há evidências de que tomar uma única bebida alcoólica por dia cause danos permanentes ao cérebro, mas há evidências crescentes de que tomar mais de uma bebida por dia pode causar danos.
“Todos devemos estar cientes de que mesmo com uma única bebida, o desempenho da nossa memória simplesmente não será tão bom como se nos abstivéssemos”, destaca.
05 – Socialize-se!
Manter laços e amizades é outro fator — nem tão óbvio — para a manutenção da memória, apesar de os cientistas ainda não entenderam completamente por que isso conserva o cérebro mais saudável. “Acho que é porque as interações sociais ativam áreas muito grandes do cérebro”, supõe o expert em neurologia da Harvard Medical School. “É importante manter a mente ativa e as interações sociais são realmente uma das melhores maneiras de fazer isso”, continua.
06 – Exercite o seu cérebro
Por último — e não menos importante —, as pesquisas levantam a importância de incluir atividades diversas, como ler, escrever, jogar xadrez ou aprender um novo idioma.
“As palavras cruzadas são especialmente boas porque forçam as pessoas a pensar sobre conceitos e as relações entre palavras e ideias de maneiras novas, flexíveis e criativas”, ensina o profissional.