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Utilizar navegadores no modo privado não impede que você seja rastreado; entenda a modalidade anônima e saiba como proteger sua privacidade ao navegar na Internet
Se você costuma navegar em aba anônima, é bom saber que não está tão protegido assim – foto Freepik
Cuidado: a aba anônima pode não ser tão privada quanto você imagina que ela seja.
O modo incógnito é um recurso que permite navegar na internet sem deixar histórico, evita alguns formatos de propaganda e impede a criação ou modificação de cookies. mas ele não deixa o usuário totalmente invisível.
Do sistema operacional utilizado ao hardware do dispositivo, é possível descobrir detalhes do perfil dos internautas mesmo na aba privativa.
Além disso, extensões que coletam informações sobre a navegação podem seguir funcionando no modo anônimo.
O que é navegação anônima e o que ela esconde?
A modalidade de navegação anônima — também chamada de privada, privativa ou incógnita — está disponível em navegadores como Chrome, Firefox e Opera e serve para não deixar um histórico de uso no dispositivo.
A função pode ser útil para usuários que dividem o PC com outras pessoas ou que costumam acessar computadores públicos, já que ela não registra senhas salvas, cookies ou dados preenchidos em logins e formulários.
Além disso, a navegação anônima também ajuda a evitar a exibição de pop-ups de anúncios invasivos.
Como o histórico e os cookies não são armazenados, os sites não conseguem rastrear o comportamento do usuário e não podem direcionar anúncios personalizados com base em suas atividades.
Mas é importante lembrar que o modo anônimo não oferece proteção completa contra a coleta de dados por parte de terceiros, como empresas de publicidade e redes sociais, que ainda podem rastrear a atividade do usuário por meio de outras técnicas. Para isso, é preciso usar navegadores focados em segurança digital.
O modelo anônimo impede o rastreamento?
O modo de navegação privado não garante proteção completa contra o rastreamento online.
Embora os navegadores não armazenem informações localmente no dispositivo, outras entidades — como provedores de Internet, sites visitados e outras empresas de publicidade — ainda podem rastrear atividades online mesmo nesse modo.
1. Registro de redes
O modo privado não afeta o tráfego de rede que sai do dispositivo utilizado. Isso significa que, apesar de não registrar o histórico local, as informações da navegação ainda podem estar visíveis para intermediários na rede, como provedores de internet ou empresas de redes corporativas.
A funcionalidade também não é totalmente eficaz para acessar anonimamente plataformas de jogos online, em que os logs do servidor ainda podem capturar registros de atividades.
2. Sites
A navegação privada não adiciona nenhuma criptografia adicional, o que significa que os sites visitados ainda podem registrar a localização exata do usuário e registrar detalhes sobre a conexão.
Além disso, dados enviados e recebidos também não estão imunes de ser interceptados por terceiros, como hackers e usuários mal intencionados.
A falta de criptografia também torna os usuários vulneráveis a ataques de “man-in-the-middle” (homem-no-meio, em português), que ocorrem quando um invasor intercepta a comunicação entre o usuário e o site que está visitando.
3. Malwares e extensões
Mesmo ao utilizar a navegação privada, malwares e extensões do navegador ainda podem representar riscos para a privacidade de quem usa o PC.
Embora alguns browsers desativem automaticamente todas as extensões ao entrar no modo anônimo, o usuário ainda pode conceder permissão para que uma extensão específica continue funcionando e monitore suas ações.
Por isso, é importante ter cuidado ao conceder permissões e verificar a procedência das extensões instaladas no navegador.
Além disso, alguns programas maliciosos têm a capacidade de registrar tudo o que é digitado, independentemente do modo de navegação utilizado.
Esses problemas podem ser evitados com um antivírus atualizado e medidas de segurança adicionais. Também é recomendado evitar o download de arquivos ou programas suspeitos, especialmente em sites não confiáveis.
4. Padrões de navegação
A experiência de navegação na Internet é única e pode ser identificada por meio de diversos detalhes.
Detalhes como o sistema operacional utilizado, o fuso horário ou o hardware do computador podem ser coletados por sites da Internet e ajudam a traçar um perfil de cada usuário — em um processo conhecido como “impressão digital do navegador”.
Mais uma vez, o modo de navegação anônimo não impede que a Internet trace um perfil sobre você.
Como navegar sem deixar rastros?
Para proteger a privacidade e evitar que suas atividades sejam monitoradas, é aconselhável adotar algumas medidas adicionais para navegar pela Internet sem deixar rastros.
Uma delas é utilizar uma VPN (sigla para “Redes Virtuais Privadas”, em português), que permite navegar de forma mais anônima e segura. O serviço pode ser encontrado em versões gratuitas para PC ou em aplicativos para celular.
Browsers privados, com mais recursos de segurança, também podem ser úteis. O navegador Brave, por exemplo, possui bloqueio automático de rastreadores de terceiros e anúncios indesejados.
Já o Tor utiliza uma rede de computadores anônima para se conectar à Internet, permitindo que a comunicação ocorra de forma privada entre os computadores.
Além disso, também é possível optar por buscadores privados, como Qwant, StartPage, DuckDuckGo e MetaGer, evitando a captação de dados para publicidade.
O usuário ainda pode encerrar a permissão de localização de navegadores e aplicativos, impedindo que browsers e aplicativos tenham acesso à localização dos dispositivos e às atividades online do usuário.
Há ainda a opção de excluir as permissões de cookies — pequenos arquivos criados pelos sites e salvos no dispositivo —, que ajudam a identificar o internauta e oferecer dados para compor um padrão de navegação na web.
*Informações TechTudo