Um dos principais motivos para não deixar o celular por perto durante a noite, nem mesmo antes de dormir, é a luz azul emitida pelas telas destes dispositivos. Ao ter contato com a iluminação, o corpo tem seu ciclo circadiano, ou relógio biológico, alterado.
Isto porque a retroiluminação do painel interfere diretamente na produção de melatonina, hormônio responsável pelo sono, que precisa de pouca luminosidade para ser fabricado pelo corpo.
Além de postergar a hora de dormir, o uso do celular à noite pode contribuir com o prolongamento da insônia, pois certamente ele será um dos primeiros dispositivos a serem consultados quando se perde o sono. A interação com as telas no meio da noite pode ser tão prejudicial quanto horas antes de adormecer, já que isso tende a confundir o cérebro.
Por ser um dificultador do sono, o celular pode estar atrelado ao cansaço exacerbado. Muito além de ser um vilão da produção de melatonina, o aparelho pode expor as atividades cerebrais a um estímulo acima do recomendado durante a noite. As interações das redes são um exemplo disto e podem ser consideradas prejudiciais para o processo que antecede o sono.
Ao acordar, o ideal é que se espere um tempo até começar a interagir com as telas, já que a exposição logo ao abrir os olhos pode deixar o cérebro em alerta, sobretudo ao ter contato com e-mails e notificações do trabalho.
O celular é sujo
Um celular pode ser tão ou mais sujo do que um vaso sanitário. Com potencial para abarcar mais de 23 mil tipos de bactérias, os smartphones carregam microrganismos de forma tão eficiente quanto a sola de um sapato.
Isto deve ser o suficiente para evitar seu uso durante o preparo de alimentos e, neste caso, para deixá-lo longe da cama, já que o local de descanso precisa ser preservado.
Vale lembrar que os dispositivos podem ser submetidos à limpeza periódica, mas isto não deve ser o suficiente para retomar seu uso antes de dormir, já que não se sabe quando ele pode carregar uma bactéria infecciosa a bordo.
Pode interromper o sono
Se alguém já esteve prestes a embarcar em um sono profundo e foi interrompido por uma ligação ou por uma simples notificação, certamente viveu uma aplicação prática desta recomendação.
Há, ainda, aqueles que sentem uma espécie de vibração fantasma, que se trata da falsa impressão de ouvir ou sentir o celular tocar.
Em ambos os casos, a interrupção pode atrapalhar o usuário no ciclo do sono, que passa por estágios conhecidos como sono leve e sono pesado até chegar ao sono REM, quando o corpo consegue assimilar memórias e realizar o processamento emocional.
Segundo o portal Tech Tudo, a exposição à luz azul e a consequente redução da fase REM podem interferir negativamente no descanso e no tempo para acordar efetivamente no dia seguinte.