Uma maçã por dia reduz o risco de fragilidade em idosos em 20%, revela estudo

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 25 de maio de 2023 às 07:00
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Frutas como maçãs e amoras, que contêm flavonoides chamados quercetina, podem ser os mais importantes para a prevenção da fragilidade

Novo estudo descobriu que a ingestão de flavonoides reduz fragilidade em idosos – foto Freepik

 

A fragilidade é uma condição que favorece o risco de quedas, fraturas, incapacidade, hospitalização e morte. O problema de saúde afeta de 10% a 15% dos idosos.

Embora as recomendações para a prevenção se concentrem sobre a ingestão de proteínas, pesquisadores investigam outros alimentos que podem ser benéficos nesse contexto.

“Nossas descobertas sugerem que, para cada 10 mg de ingestão de flavonoides por dia, as chances de fragilidade foram reduzidas em 20%. Indivíduos podem facilmente consumir 10 mg de flavonóis por dia, já que uma maçã de tamanho médio contém cerca de 10 mg de flavonoides”, afirmam os autores no estudo.

Embora não tenha sido observada uma associação significativa entre a ingestão total de flavonoides e a fragilidade, uma maior ingestão do composto foi associada a menores chances de desenvolver o problema.

Especificamente, a maior ingestão de quercetina teve a associação mais forte com a prevenção da fragilidade.

“Esses dados sugerem que pode haver subclasses específicas de flavonoides com maior potencial como estratégia dietética para a prevenção da fragilidade”, disse a coautora Shivani Sahni, pesquisadora do Departamento de Medicina do Beth Israel Deaconess Medical Center, da Escola de Medicina de Harvard, em comunicado.

Os autores sugerem que pesquisas futuras devem se concentrar em intervenções nutricionais de flavonoides ou quercetina para o tratamento da fragilidade. Estudos complementares também são necessários em participantes etnicamente diversos.

O estudo utilizou dados do Framingham Heart Study para determinar a associação entre a ingestão de flavonoides e o início da fragilidade. Ao todo, foram incluídos 1.701 indivíduos na análise.

Segundo a pesquisa, todos os voluntários não apresentavam fragilidade no início do estudo. Eles foram acompanhados por cerca de 12 anos para avaliar o estado da condição.

Após o período, 13,2% dos participantes desenvolveram fragilidade. A ingestão total de flavonoides não foi significativamente associada ao início da fragilidade.

*Informações CNN


+ Ciência