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Existe um cenário de choque de desvalorização cambial, somado à redução do custo do frete internacional
Existe um cenário de choque de desvalorização cambial, somado à redução do custo do frete internacional
A coordenadora de Inteligência de Mercado da Abicalçados, Priscila Linck, destacou que, diferente do ano passado, em que o crescimento foi impulsionado pelas exportações de calçados, em 2023 o incremento será resultado do aumento do consumo interno.
Para o ano, segundo a economista, existe um cenário de choque de desvalorização cambial, somado à redução do custo do frete internacional, beneficiando as exportações asiáticas, a retomada forte da China, o ajuste de estoques nos Estados Unidos e a desaceleração internacional provocada pela inflação.
“O real valorizado torna o produto brasileiro mais caro para o comprador internacional, ao mesmo tempo em que a queda no valor dos fretes internacionais favorecem a retomada das exportações da China. Já nos Estados Unidos, nosso principal destino no exterior, o varejo comprou mais do que foi consumido ao longo de 2022.
Agora, o varejo local deve realizar um ajuste de estoques e, consequentemente, diminuir suas importações totais”, explicou.
Neste cenário, segundo Priscila, as exportações de calçados devem cair entre 6,7% e 9,1% em 2023 – para entre 129 milhões e 132,4 milhões de pares – , ainda assim ficando acima dos níveis pré-pandemia, em 2019.
“Desta forma, compondo a queda nas exportações e o crescimento no mercado interno, devemos encerrar o ano com uma produção de calçados entre 1% a 1,7% maior do que em 2022, com a soma de aproximadamente 860 milhões de pares produzidos”, projetou Priscila.
Além dos dados apresentados, outros registros, análises e projeções podem ser acessados no Relatório Setorial Indústria de Calçados 2023, que também foi lançado durante o Análise de Cenários.
Fonte: www.abicalcados.com.br