Chuva de meteoros visível a olho nu tem pico neste domingo (23). Saiba como ver

  • Nene Sanches
  • Publicado em 23 de abril de 2023 às 16:00
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Em média, dez fragmentos de rochas brilhantes, oriundas de corpos celestes, podem ser vistos por hora, segundo professor

Chuva de meteoros Líridas (Foto: Leonardo Pires/Fotógrafo)

Uma chuva de meteoros promete enfeitar o céu neste final de domingo (23) e pode se esticar ainda pela segunda-feira. Trata-se da Líridas, que ocorre quando a Terra atravessa o rastro de poeira deixado pelo Cometa Thatcher (C/1861 G1).

O fenômeno começou no dia 15 de abril e segue até o dia 29 deste mês. O pico, contudo, está previsto para este domingo e (23) e a segunda-feira (24), quando a Constelação da Lyra, cuja estrela mais brilhante é Vega, já estará alta no horizonte norte, e é justamente a partir desse ponto no céu que os meteoros lirídeos devem surgir.

Em média, 10 fragmentos de rochas, oriundas de corpos celestes, poderão ser vistos por hora. Como Lyra é uma constelação da região norte do céu, a chuva de Líridas é melhor observada nos países do hemisfério norte, onde deve apresentar até 20 meteoros por hora.

No Brasil, quanto mais ao norte do país, maior será a chance de observá-la.

De acordo com Rodolfo Langhi, professor do Observatório Didático de Astronomia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Bauru, para observar a chuva de Líridas não é necessário equipamentos especiais, como telescópios, mas ele recomenda que os interessados procurem locais afastados da área urbana, por conta da luz dos postes de iluminação que atrapalham a visualização.

“Você pode até tentar usar um binóculo ou telescópio, mas nunca saberá o lugar certo para onde apontá-los para ver o meteoro. Por isso, o melhor mesmo é usar apenas os seus olhos, deitado no chão e tentando observar a maior área do céu possível, pois os meteoros são rápidos e aparecem sem avisar. O melhor ponto para observar é qualquer lugar afastado das luzes da cidade, em locais bem escuros”, comenta.

Rodolfo Langhi também ressalta que as condições de observação prometem ser favoráveis, uma vez que estamos na lua nova (com pouca iluminação natural no céu).

Essa é a primeira chuva de meteoros após a Quadrântidas, que tem máxima em 3 de janeiro. E é por encerrar esse período e também pelo fato de a chuva Quadrântidas praticamente não ser visível no Brasil que, para muitos, Líridas é considerada a primeira das grandes chuvas de meteoros do ano.

Assista ao vídeo:

Chuva de meteoros Líridas é flagrado por câmeras de observatório no RS — Foto: Observatório Espacial Heller & Jung/Divulgação

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