Veja como está Franca entre as cidades com os melhores saneamentos básico no Brasil

  • Robson Leite
  • Publicado em 20 de março de 2023 às 11:00
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Estudo do Instituto Trata Brasil, divulgado nesta segunda (20), avalia os indicadores de saneamento básico dos maiores municípios do Brasil

De um lado, cidades em que quase todos os moradores têm acesso a água potável e coleta de esgoto, além de baixo desperdício e altos níveis de investimento em obras de saneamento.

Do outro, municípios em que metade da água tratada é perdida por conta de tubulações antigas e “gatos” e em que apenas três a cada dez moradores têm acesso a coleta de esgoto.

Essa desigualdade sanitária e social é um dos destaques de um estudo do Instituto Trata Brasil com a GO Associados, divulgado nesta segunda-feira (20).

O documento analisa os indicadores de saneamento das 100 maiores cidades do país, que concentram aproximadamente 40% da população brasileira, e faz um ranking com base nos serviços oferecidos e em indicadores de eficiência.

Comparação

O documento considera os dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), referentes ao ano de 2021.

A comparação das melhores e das piores cidades deixa clara a desigualdade citada no início desta reportagem.

Veja alguns destaques:

Acesso a água potável: Enquanto 99,7% da população das 20 melhores cidades têm acesso às redes de água potável, nos 20 piores municípios, o número é de 79,6% da população.

Acesso a coleta de esgoto: 97,7% da população nos 20 melhores municípios têm acesso aos serviços, enquanto somente 29,2% da população nos 20 piores municípios são atendidos.

Tratamento de esgoto: Enquanto o primeiro grupo tem, em média, 80,1% de cobertura de tratamento de esgoto, o grupo dos piores trata apenas 18,2% do esgoto produzido.

Perdas na distribuição: Entre as melhores cidades, 29,9% da água produzida é desperdiçada na distribuição por conta de tubulações antigas e “gatos”. Já entre as piores, o indicador chega a 51,3%.

Investimento por habitante

Luana Pretto, presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, destaca ainda um outro indicador que está por trás de todas estas diferenças de serviços oferecidos para a população: o investimento médio por habitante em obras e serviços de saneamento.

As 20 melhores cidades investiram, em média, R$ 166,52 por habitante em serviços de saneamento. Já as 20 piores investiram apenas R$ 55,46 — bem abaixo, inclusive, da média de investimento nacional, que foi de R$ 82 por habitante em 2021.

“Esses bons municípios investem continuamente e fazem muitas obras. Com isso, os indicadores de acesso a água e esgoto acompanham o crescimento da população ou mesmo até avançam em uma velocidade maior, fazendo com que os indicadores melhorem a cada ano”, diz, Luana.

Veja abaixo as melhores e as piores cidades.

As 20 melhores cidades

01. São José do Rio Preto (SP)

02. Santos (SP)

03. Uberlândia (MG)

04. Niterói (RJ)

05. Limeira (SP)

06. Piracicaba (SP)

07. São Paulo (SP)

08. São José dos Pinhais (PR)

09. Franca (SP)

10. Cascavel (PR)

11. Ponta Grossa (PR)

12. Sorocaba (SP)

13. Suzano (SP)

14. Maringá (PR)

15. Curitiba (PR)

16. Palmas (TO)

17. Campina Grande (PB)

18. Vitória da Conquista (BA)

19. Londrina (PR)

20. Brasília (DF)

(Com informações do portal G1)


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