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Pesquisadores universitários chegaram à conclusão de que se trata de uma sensação física boa devido à textura do alimento
A textura que sentimos ao comer um chocolate é uma das explicações encontradas por cientistas para o fato de esse alimento ser tão prazeroso para a maioria das pessoas.
Pesquisadores da Universidade de Leeds, no Reino Unido, conduziram um estudo que decodificou o processo físico que ocorre na boca quando o chocolate é comido.
De acordo com o portal Notícias R.7, eles descobriram que toda a mágica ocorre no momento em que o chocolate é lubrificado, seja pelos próprios ingredientes, pela nossa saliva ou pela combinação dos dois.
Função chave
Chocolates são alimentos com grandes quantidades de gordura, e é ela que tem, segundo o estudo, uma função-chave nessa sensação tátil que envolve a língua. O estudo também aponta a participação do cacau nesse processo.
“Se um chocolate tiver 5% de gordura ou 50% de gordura, ainda vai formar gotículas na boca. […] No entanto, é a localização da gordura na composição do chocolate que importa em cada estágio da lubrificação, e isso raramente foi pesquisado”, afirma em comunicado a professora da Escola de Ciência Alimentar e Nutrição da Universidade de Leeds Anwesha Sarkar.
O grupo conseguiu determinar exatamente em quais locais a gordura torna o chocolate mais prazeroso.
“Estamos mostrando que a camada de gordura precisa estar na parte externa do chocolate, isso é o mais importante, seguido por um revestimento eficaz das partículas de cacau pela gordura, que ajuda a fazer o chocolate causar uma sensação tão boa”, acrescenta Anwesha.
Curiosidade
A pesquisa não foi conduzida somente para matar a curiosidade sobre os mecanismos envolvidos nesse prazer.
Os cientistas buscam formas de, no futuro, desenvolver chocolates que possam causar a mesma sensação e ao mesmo tempo serem mais saudáveis, afirma o autor principal do trabalho, Siavash Soltanahmadi.
“Acreditamos que uma próxima geração de chocolate pode ser desenvolvida, oferecendo o toque e a sensação do chocolate com alto teor de gordura, embora seja uma escolha mais saudável. […] Nossa pesquisa abre a possibilidade de que os fabricantes possam projetar de forma inteligente o chocolate amargo para reduzir o teor geral de gordura.”
Os resultados foram publicados na revista científica ACS Applied Materials and Interfaces.