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Pediatras ensinam mudanças simples na forma de servir os alimentos que podem evitar o incidente e como agir quando a criança se engasga
O engasgo é um dos principais motivos que levam as crianças ao pronto-socorro – foto Freepik
O engasgo é um dos principais motivos que levam crianças ao pronto-socorro.
Durante as férias escolares, os pais devem ter atenção especial aos hábitos dos filhos, que passam mais tempo em casa e acabam tendo uma dieta diferente do habitual.
A lista de coisas que costumam causar engasgo em crianças é grande e inclui a pipoca, por exemplo.
Os principais alimentos causadores de engasgo nas crianças pequenas são os em formatos arredondados, como uva, morango, tomate cereja, azeitonas e balas; muito secos, como milho, castanhas e amendoim; ou cortados em pedaços maiores do que elas estão habituadas a ingerir.
Quando não são mastigados corretamente, eles podem bloquear a via respiratória e dificultar a passagem de ar para os pulmões.
“Dependendo da consistência e do tamanho do alimento, de acordo com a idade da criança, os engasgos são mais comuns”, afirma a pediatra Carolina Arantes, do Hospital Brasília Unidade Águas Claras (Dasa).
Como evitar o engasgo?
Os pais devem ficar atentos à forma de servir as refeições. Quando possível, os alimentos devem ser cortados em formato de palito, na espessura de dedo mindinho.
Os arredondados devem ser cortados em quatro pedaços, para facilitar a descida caso seja engolido sem mastigar.
A salsicha do cachorro-quente, por exemplo, pode ser cortada em rodelas e depois ao meio. O corte apenas em rodelas pode obstruir a via aérea, atuando como uma rolha na garganta e, consequentemente, impedindo a passagem de ar.
Primeiros-socorros
Os pais e responsáveis pela criança devem agir rápido ao notar os sinais de engasgo, como falta de ar, ausência de fala ou choro e lábios arroxeados.
Idealmente, uma pessoa deve fazer a manobra de Heimlich enquanto outra chama por socorro especializado. A neonatologista Inajara Biroli, da Maternidade Brasília (Dasa) ensina o passo a passo da manobra de Heimlich:
“Os bebês devem ser colocados de bruços, deitados sobre o antebraço do adulto com a cabeça virada para baixo e as costas retas. Segurando com firmeza, deve-se dar cinco tapas no meio das costas e entre os ombros. Não muito fortes, mas com impacto suficiente para que o objeto saia”.
O procedimento é diferente para as crianças maiores de 2 anos de idade. O adulto deve se ajoelhar atrás dela e abraçá-la com uma mão fechada na altura do estômago e outra aberta apoiada sobre a que está fechada.
Elas devem ser pressionadas com força moderada sobre a barriga para dentro e para cima ao mesmo tempo.
A tosse, choro ou vômito do alimento são sinais de que ela desengasgou. Se continuar engasgada, o procedimento deve ser repetido.
Outras causas
O leite materno, líquidos ingeridos na mamadeira, água e bebidas gaseificadas também causam engasgos com bastante frequência.
Para evitar o incidente, os responsáveis devem ficar atentos à posição em que a criança ingere o líquido.
Biroli alerta que até os dois anos de idade, a criança está na fase oral e tem a tendência natural de levar todos os objetos à boca. “Não apenas alimentos, mas pequenos objetos também podem levar a engasgo”, afirma.
São recorrentes os casos envolvendo objetos encontros em casa, ao fácil alcance das mãos, como pilhas, baterias, moedas, brinquedos pequenos, pedrinhas, massa de modelar e botões.
*Informações Metrópoles