O que os francanos e Pelé têm em comum? A paixão pelo basquete. Saiba mais

  • F. A. Barbosa
  • Publicado em 2 de janeiro de 2023 às 18:00
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Rei do Futebol revelou em várias oportunidades que o basquetebol era seu segundo esporte

Rei do Futebol revelou em várias oportunidades que o basquetebol era seu segundo esporte

A humanidade acaba de perder um de seus representantes mais geniais: Edson Arantes do Nascimento, Pelé. Um ícone do esporte, que influenciou gerações de apaixonados pelo futebol. Uma figura respeitada em todo o planeta, recebido de braços abertos por onde passou, até mesmo por chefes de estado.

Foi um homem tão especial, de influência tão grande, que foi capaz de parar uma guerra no continente africano no final dos anos 60. Com a bola, encantou o mundo e vai deixar saudade.

O Rei Pelé tem uma história única: tricampeão do mundo com a camisa da seleção brasileira, disputou quatro Copas, marcou mais de mil gols e foi eleito atleta do século 20 pelo Comitê Olímpico Internacional, o COI.

Agora, o que muitos não sabem, é que além de ser um grande apaixonado pelo futebol, o Rei era também um amante da bola laranja. A informação vem da Liga Nacional de Basquete, que explica a relação.

André Brazolin, parceiro da Liga Nacional de Basquete através do projeto Anjos do Esporte, recebeu em 2019 um vídeo de Pelé junto de Edinho, seu filho, falando sobre sua experiência dentro das quadras. Segundo o próprio Rei Pelé, ele mandava bem.

“Quando o Santos tinha aquele time bom de basquete, eu ficava lá treinando. Eu era um bom jogador de basquete. Falei pra ele (Edinho) e ele não acreditou, mas você (André) eu sei que se lembra. Aquele time era o melhor da baixada, não tinha pra ninguém”, disse Pelé.

Inclusive, um dos principais conselhos de Pelé para o seu filho foi o de não seguir a carreira no futebol, afinal, ele sabia mais do que ninguém como era difícil viver sobre tantos holofotes e como a pressão iria ser grande sobre seu filho.

Edinho viveu parte de sua infância nos Estados Unidos, enquanto o seu pai jogava pelo Cosmos, e como todo bom ‘americano’, teve contato com as quadras de basquete.

Essa aproximação com outros esportes foi muito incentivada por Pelé, que viu seus filhos praticando baseball, vôlei, mas principalmente o basquete (e basquete de rua, no Bronx).

Com o tempo, a influência do pai e a paixão pelos gramados pesaram mais e Edinho decidiu seguir carreira no futebol. Ele continuou usando as mãos, porém como goleiro de diversas equipes.

Em 2013, durante as gravações de um comercial televisivo, Pelé utilizou um uniforme de basquete e até mesmo fez alguns movimentos característicos do esporte. Após as gravações, o Rei postou em todas as redes sociais uma mensagem que dizia “Basquete sempre foi o meu esporte favorito depois do futebol. Eu jogava muito, foi o que me ajudou a manter a forma durante a carreira”.

Outro grande momento de Pelé com o basquete foi em 1995, quando o Comitê Olímpico do Brasil promoveu um evento chamado “Festival Olímpico de Verão”, sediado em Copacabana ,no Rio de Janeiro.

Na época, atuando como ministro dos Esportes, Pelé assistiu à partida de basquete que tinha entre os relacionados um grande ídolo do basquete mundial: Magic Jhonson.

A chegada de Pelé causou um grande alvoroço na torcida e inclusive o ex-jogador do Lakers saudou o Rei ao se inclinar para frente, em um gesto de reverência. Pelé deu de presente a Johnson uma bola de futebol, enquanto o norte-americano retribuiu com uma bola de basquete. Na saída, o Rei do futebol comentou sobre Magic.

“Quando joguei nos EUA, comecei a acompanhar basquete. Dentro dessa modalidade, Magic é um predestinado. É o maior jogador de basquete de todos os tempos”, afirmou. “Essa festa mostra o que é o esporte: união. Ele fez um grande esforço para vir até aqui, eu, precisava dar um abraço nele”, concluiu Pelé.

Essa foi apenas mais uma demonstração de como a idolatria pelo Rei ia além das quatros linhas do futebol e chegava até mesmo aos grandes dos outros esportes.

 

Em 2013, em um artigo escrito para a Folha de São Paulo, Kobe Bryant contou uma história de sua infância, quando ainda morava na Itália e seu pai, Joe Bryant, jogava com Oscar Schmidt, o Mão Santa.

O ídolo do Lakers afirmou que ouvia muitas histórias sobre Pelé e que certo dia, brincando no quintal, chutou uma bola de futebol para dentro de casa. A sua mãe, logicamente, veio em sua direção, gritando e chamando a atenção, tentando entender o porquê dele chutar daquele jeito. Kobe respondeu com um singelo: “Mãe, quero ser o Pelé”.

Com seu talento, Pelé encantou o mundo e hoje é reverenciado nos quatro quantos do planeta. Para nós brasileiros, é motivo de orgulho saber que a estrela maior do futebol foi um menino pobre, do interior de Minas Gerais, que cresceu, venceu e inspirou gerações. Pelé virou sinônimo de grandeza, de “maior de todos”.

Michael Jordan, o Pelé do Basquete. Tiger Woods, o Pelé do Golfe. Ayrton Senna, o Pelé das pistas… Descanse em paz, Rei. Você é eterno!


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