Olhe para o céu em janeiro: começa com chuva de meteoros e tem conjunção e Lua cheia

  • Nene Sanches
  • Publicado em 4 de janeiro de 2023 às 10:00
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Um app de astronomia (como Skywalk, Starchart, Sky Safari) ajuda a apontar a posição dos objetos e mostrar os melhores horários

Inaugurando os fenômenos astronômicos de 2023, janeiro chega em grande estilo, com o pico da primeira chuva de meteoros e três conjunções bem brilhantes, além de uma exuberante Lua cheia. Todos são visíveis a olho nu, de qualquer parte do Brasil, sem necessidade de nenhum instrumento especial. Basta um céu limpo.

A página Tilt, do portal UOL, dá uma dica: um site ou app de astronomia (como Skywalk, Starchart, Sky Safari ou Stellarium) são úteis para apontar a posição dos objetos e mostrar os melhores horários de visibilidade em sua região.

Nesta quarta-feira, dia 4 de janeiro

Pico da chuva de meteoros Quadrântidas A primeira das grandes chuvas de meteoros de 2023 atinge seu pico logo no início de janeiro. Apesar de pouco conhecida, é uma das mais intensas, com até 120 meteoros por hora. Ela será melhor observável no hemisfério Norte. Por aqui, será um desafio, mas será possível ver algumas “estrelas cadentes”.

Para isso, é preciso acordar cedo: os meteoros podem ser vistos pouco antes do nascer do Sol, das 4h30 até o dia clarear. Além disso, eles aparecem bem próximos ao horizonte, então é recomendado estar em um lugar mais alto e com vista desobstruída.

Se cumprir os requisitos, basta olhar na direção norte e esperar pelos meteoros. Eles vão parecer convergir na constelação do Boieiro — o radiante da chuva (use um app para encontrá-la).

As Quadrântidas têm origem desconhecida; não se sabe qual seu asteroide ou cometa de origem. Seu período anual de atividade é entre 28 de dezembro e 12 de janeiro.

Nesta sexta-feira, dia 6 de janeiro

Lua Cheia A primeira do ano nasce na sexta-feira (6), pouco após as 19h, junto com o pôr do Sol — quem tiver uma vista desobstruída poderá admirar os dois fenômenos simultaneamente, um em cada lado do céu. Ela ficará visível durante toda a noite, atravessando o firmamento de uma ponta à outra.

Dica: tente admirar a Lua na primeira hora após nascer, bem próxima ao horizonte, pois efeitos ópticos fazem com que apareça ainda maior, por conta da perspectiva com referenciais terrestres (como prédios e árvores), e apresente belas variações de tonalidade (amarelada, alaranjada, avermelhada, rosada), devido à interação com a atmosfera.

O dia seguinte também é uma ótima oportunidade de observação, com nosso satélite ainda com 100% de iluminação. Mas nascerá um pouco mais tarde, por volta das 19h50.

22/1: Conjunção Vênus-Saturno

Vênus e Saturno estarão tão grudados que parecerão um objeto só, muito brilhante. Só teremos pouco tempo para observar: o par vai se pôr logo após o Sol.

Por volta das 19h, olhe para o horizonte oeste (mesma direção onde o Sol estiver se pondo), com o céu ainda um pouco iluminado, e procure os dois pontos brilhantes coladinhos. Acompanhe-os descendo até se porem, às 20h.

23/1: Conjunção Lua-Saturno-Vênus

Repita o processo da noite anterior; desta vez, Saturno e Vênus estarão um pouco mais afastados. Mas a cena ganha a graciosa companhia da Lua, que estará bem fininha como um sorriso, acima dos planetas.

Ressaltando que, quando falamos em conjunções, nos referimos do ponto de vista da Terra. No espaço, os corpos estão separados por milhões de quilômetros.

30/1: Ocultação lunar de Marte (conjunção)

Basicamente, a Lua vai passar “na frente” de Marte, que vai desaparecer do nosso céu por cerca de uma hora. É como um eclipse. Mas, infelizmente, não será visível do Brasil.

Por aqui, apenas veremos os dois bem pertinho um do outro — mais uma conjunção. Quando o Sol se puser, por volta das 19h, o par já estará alto no céu, na direção Norte. Eles seguem juntos para um mergulho à oeste, desaparecendo por volta de 1h da manhã. Quanto mais perto disso forem observados, mais coladinhos estarão.


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