Estudantes desenvolvem copo que muda de cor ao entrar em contato com drogas

  • Nene Sanches
  • Publicado em 29 de outubro de 2022 às 17:00
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A base sólida do corpo desenvolvido, feita de propileno, comportaria o reagente químico e poderia ser usado diversas vezes.

Quatro estudantes do colégio SESI Gravataí (RS) desenvolveram um copo com reagente químico capaz de identificar a presença da droga GHB (Ácido Gama Hidroxibutírico), mais conhecida como ‘Boa Noite, Cinderela’, usada para dopar pessoas sem que elas percebam.

Natally Souza, 16, Giovanna Freitas, Giovanna Moraes e Nicolli Marques, de 17 anos, utilizaram o reagente colorimétrico dragerndorff, que ao entrar em contato com a outra substância, faz com que o copo mude para uma cor avermelhada, alertando sobre o envenenamento.

“Durante as nossas pesquisas, a gente percebeu que tinha um grande uso de entorpecentes utilizados em festas para deixar as pessoas dopadas e serem vulneráveis a sequestros, roubos, assaltos e abusos sexuais”, contam as alunas.

Segundo o portal Razões para Acreditar, o caso de Mariana Ferrer, que foi dopada e abusada dentro de uma balada em Florianópolis (SC) em 2018, foi uma inspiração para o desenvolvimento do projeto.

Feito de propileno com reagente químico

O projeto é inédito no Brasil, mas há também outras propostas de identificação da droga em bebidas. A base sólida do corpo, feita de propileno, comportaria o reagente químico e poderia ser usado diversas vezes.

“Nossa maior dificuldade no momento é produzir essa base sólida. Nós já temos o reagente que usaríamos, porém como todos os outros reagentes colorimétricos, ele também é tóxico e a gente tá trabalhando de uma maneira que isso não intoxique uma pessoa ao ser utilizada”, explicam.

De acordo com a CNN Brasil, a pesquisa deve ser concluída até o ano que vem, quando as meninas devem se formar no no ensino médio. Elas também buscam um patrocinador que possa oferecer um laboratório para os experimentos.

Atualmente, os testes ocorrem na escola, com a ajuda de professores – elas recebem um auxílio financeiro de outro patrocinador.

As meninas apresentaram o projeto no Sesi com Ciência, um dos maiores eventos de educação do estado do Rio Grande do Sul, no início deste mês.


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