Crianças que fazem xixi na cama podem ter distúrbio do sono; entenda!

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 12 de outubro de 2022 às 08:30
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O famoso “xixi na cama”, também chamado de enurese noturna, é uma condição que afeta cerca de 15% das crianças a partir dos cinco anos

Cerca de 15% das crianças a partir dos 5 anos são afetadas pelo problema – foto Shutterstock

 

O famoso “xixi na cama”, também chamado de enurese noturna, é uma condição que afeta cerca de 15% das crianças a partir dos cinco anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), e pode estar associada a condições físicas, genéticas, hormonais e emocionais.

Contudo, uma causa pouco conhecida que leva os pequenos a fazerem xixi na cama durante a noite é a apneia obstrutiva do sono, um distúrbio que tem no ronco um dos principais sintomas.

“Os pais precisam levar o filho que ronca frequentemente ao médico para que seja feita uma investigação”, adverte o pediatra Gustavo Moreira, médico pediatra do Instituto do Sono.

A apneia obstrutiva é causada pelo fechamento total ou parcial das vias aéreas durante o sono, provocando a parada momentânea da respiração.

Segundo a Fundação Nacional do Sono, nos Estados Unidos, o distúrbio leva à enurese noturna porque acelera a produção de um hormônio, chamado peptídeo natriurético atrial, impelindo os rins a excretarem urina extra durante o sono.

Apneia obstrutiva: diagnóstico e tratamento

O ronco três vezes por semana, engasgos noturnos, respiração pela boca, sono agitado e hiperatividade durante o dia são sintomas de apneia obstrutiva do sono.

O transtorno acomete entre 1% a 5% das crianças, especialmente dos 2 a 8 anos de idade.

Se não tratado, pode afetar o aprendizado e retardar o crescimento, elevando a hipertensão arterial e aumentando o risco de doenças cardíacas na vida adulta.

Na infância, os fatores de risco para apneia obstrutiva são as amígdalas e/ou adenoide grandes, obesidade, conformação dos ossos da face que levam à respiração pela boca, rinite alérgica e histórico familiar.

O diagnóstico é feito após a realização da polissonografia, um exame não invasivo que mede a atividade respiratória, muscular e cerebral durante o sono.

Diante do resultado, o médico irá prescrever o tratamento, que pode envolver desde dieta até a cirurgia para a remoção das amígdalas e da adenoide.

Agora, se tiver rinite, o pequeno paciente terá que passar por um tratamento específico. Isso porque as alergias podem causar inchaço e congestão nasal.

No entanto, em outros casos, o médico encaminhará a criança para avaliações ortodônticas, que irão detectar possíveis anomalias como respiração oral, mordidas aberta ou cruzada, face alongada e crescimento mandibular reduzido.

*Informações Alto Astral


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