Pesquisadores criam pílula robótica que pode substituir injeções e antibióticos

  • Nene Sanches
  • Publicado em 11 de outubro de 2022 às 20:00
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Os resultados mostraram que a aderência do medicamento, utilizando a RoboCap, foi 20 a 40 vezes maior do que as pílulas comuns.

Se você tem medo de injeções, ou não gosta ingerir comprimidos, já pode comemorar! Uma nova pílula robótica revolucionária foi criada por cientistas do MIT, nos Estados Unidos.

Ao contrário das pílulas convencionais, a RoboCap consegue quebrar a barreira do muco, que é a defesa do intestino contra partículas indesejáveis e, assim, o medicamento é absorvido pelo organismo muito mais rapidamente e com mais eficácia.

Nos testes, a aderência medicamento foi 20 a 40 vezes maior do que com pílulas comuns.

A nova pílula pode ajudar os pacientes a evitar injeções diárias de insulina, ou impedi-los de ir a um hospital para receber medicamentos, o que pode ser “uma grande virada no jogo”, disse Meghan Rosen, uma das autoras do estudo.

Como funciona a pílula robótica

Quando uma pílula convencional é ingerida, ela não consegue penetrar completamente na barreira do muco.

Diversos medicamentos de proteínas grandes, incluindo a insulina e alguns antibióticos, não atravessam essa barreira do muco. Aí, menos de 1% da insulina tomada por via oral é absorvida e usada pelo corpo e os pacientes precisam injetar o medicamento

Já a pílula robótica “perfura” esse muco e fornece medicamentos com mais eficiência.

Segundo o portal Só Noticia Boa, ela tem o tamanho de uma cápsula de vitamina. No interior, contém a carga útil da droga em um compartimento minúsculo. Já a parte externa é revestida de uma gelatina que se dissolve em um determinado pH.

Resultados positivos

Quando a pílula é ingerida e chega ao estômago, a acidez corrói o revestimento. Então, o pH do intestino delgado aciona um motor dentro da cápsula que faz a pílula começar a girar, limpando o muco e liberando a substância lentamente no trato digestivo.

Após 35 minutos de atividade, a cápsula se move e sai do corpo na evacuação.

Os pesquisadores testaram a capacidade da pílula de fornecer insulina e antibiótico em tecido do intestino delgado de porco.

Os resultados mostraram que a aderência do medicamento, utilizando a RoboCap, foi 20 a 40 vezes maior do que as pílulas comuns.


+ Ciência