Mente felina: É possível saber o que os gatos estão pensando? Descubra aqui!

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 11 de setembro de 2022 às 17:00
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Para diminuir o grau de insegurança, o humano também pode tentar o que está fazendo o pet se sentir ameaçado do local.

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Gatos são conhecidos por seu jeito único e misterioso (Foto: Freepik)

Gatos são conhecidos (e amados) por seu jeito único. Carinhosos quando querem, atrevidos, independentes e, quase sempre, marrentos, não é fácil entender o que passa na cabeça deles.

Se você convive com bichanos em casa, provavelmente, já se perguntou o significado por trás de determinados comportamentos do peludo. Bom, chegou a hora de descobrir!

Telepatia — ainda — não é uma opção, mas de acordo com especialistas, a leitura corporal pode facilitar na hora de decodificar a comunicação felina.

O corpo fala

A posição das orelhas, do rabo, das patas e até mesmo do pelo podem indicar diversos sentimentos. Assim, se o tutor estiver atento, a relação será, sem dúvidas, mais assertiva.

Segundo Adalberto von Ancken, mestre em bem-estar animal e professor do curso de Medicina Veterinária da Universidade Cruzeiro do Sul, o primeiro passo para uma boa relação é o respeito ao comportamento felino.

“O tutor deve deixá-lo exercer seu lado ‘animal’ e, a partir de então, entender o que está por trás da conduta. Não humanizá-los já é algo que ajudará bastante nessa comunicação”, sugere.

Tédio

Mesmo que o animal não seja capaz de dizer com palavras “estou entediado”, é possível perceber sinais que indicam tal estado de espírito.

Comportamentos destrutivos, como arranhar e morder a mobília da casa ou seu próprio corpo, com automutilações e lambedura excessiva, devem servir de alerta.

“Movimentos rápidos com o rabo, vocalizações mais altas do que o comum, mordidas, sibilização e rosnado são alguns sinais que demonstram um estado emocional negativo”, lista Bruna Salino, terapeuta especializada em bem-estar felino.

Medo e desconforto

Um gato assustado, muitas vezes, é confundido com um bicho raivoso. Isso porque os felinos, por instinto, tendem a se defender demonstrando sinais de agressividade.

“Assim como quando estão bravos, eles eriçam os pelos da região dorsal, somados à postura com as costas arqueadas, como um preparo para algo que o está incomodando”.

“A exposição das unhas, a vocalização e a pupila dilatada são sinais que o animal pode agredir”, alerta Adalberto.

Esconde esconde

Nessas situações, há grandes chances de o pet tentar se esconder e, por isso, o tutor deve se certificar que não há rotas de fugas na casa, como janelas sem telas, portas abertas, etc.

Para diminuir o grau de insegurança, o humano também pode tentar o que está fazendo o pet se sentir ameaçado do local.

“Recomendamos colocar em prática a associação positiva — oferecer o alimento preferido quando o gato demonstrar insegurança, manter o tom da voz calmo, fazer carinho, se o bichano permitir, e não forçar o contato”.

Fome

Se você costuma ser acordado entre 5h e 6h com miados, fique tranquilo: você não é o único.

O comportamento é comum entre os bichos e faz parte do ciclo biológico, já que são seres crepusculares, ou seja, mais ativos durante o amanhecer e no anoitecer.

Mas nem todo miado significa fome ou deve ser atendido. A ingestão de comida além da conta pode gerar problemas de saúde, por isso, a quantidade oferecida diariamente deve ser planejada de forma estratégica por um especialista.

Na visão de Mariana Perini, zootecnista e mestre em nutrição e comportamento felino, muitos tutores foram ‘domesticados’ por seus próprios gatos. Eles miam e recebem ração, por isso, muitos enfrentam sobrepeso e outras doenças.

“É difícil identificar a fome porque é um comportamento muito particular de cada felino, mas, em geral, recomendo que os humanos criem uma rotina com os gatos com horários preestabelecidos e, nesses momentos, fiquem atentos para identificar o tipo de miado e os movimentos”, indica a especialista.

Conforto e segurança

Todo tutor sonha em descobrir se o sentimento de amor nutrido pelo gato ao longo dos anos é recíproco.

Ainda que os felinos pareçam independentes, a presença da família é essencial. De uma forma singular, os bichanos demonstram essa importância depositando confiança no humano que o acompanha.

Um dos comportamentos mais conhecidos é o movimento de “amassar pãozinho”, que reproduz a ação feita por filhotes na hora da amamentação.

“Este é um momento em que eles demonstram sua satisfação e seu prazer. Pode ser após se alimentar, após um banho ou mesmo após uma soneca. A pessoa que recebe este ato é possuidora de uma relação mais profunda com o felino”, garante Adalberto.

As particularidades do seu peludo

Vale lembrar que, assim como os humanos, cada gato é único e possui sua própria personalidade. Como bons metódicos, levam características e costumes por toda a vida.

E, segundo a médica veterinária Leticia Salles, se atentar a esses detalhes pode prevenir, inclusive, o avanço de doenças graves.

Confira algumas mudanças de comportamento que devem servir de alerta:

– Parar de se alimentar ou diminuição do apetite;

– Diminuir ou aumentar o consumo diário de água;

– Não urinar ou defecar em quantidades e intervalos regulares;

– Não brincar como de costume e mostrar menor disposição;
– Miar de forma diferente da habitual ou parar de pular e subir em objetos como de rotina;

– Lamber apenas um local do corpo com menor frequência.

*Informações Vida de Bicho – Globo


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