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Carolina de Jesus, uma das mais relevantes escritoras do Brasil, nasceu em Sacramento e morou em Franca nos anos 40 e 50 do século 20
“Carolina Maria de Jesus, autora de ‘Quarto de Despejo’, devia fazer parte do currículo das escolas brasileiras”.
O pedido foi feito pela atriz e cantora Zezé Motta, que participou on-line de conferência sobre a vida e obra da escritora, na FIL – Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto, com o jornalista Tom Farias e a professora Vera Eunice de Jesus, filha de Carolina.
“A história de Carolina é uma história de força, de resiliência, de coragem. Conhecendo sua trajetória, é até pecado reclamar de alguma dificuldade que enfrentamos na vida”, disse Zezé, que em 2003 teve a oportunidade de viver a escritora no curta-metragem “Carolina”, de Jefferson D.
Muito dessa história de paixão pelas letras em meio às dificuldades da vida na favela, da fome e do preconceito, se materializou no palco do Theatro Pedro II com a presença simultânea à transmissão on-line da professora e psicopedagoga Vera Eunice de Jesus, filha de Carolina e guardiã de sua obra diante da plateia.
Escritora do povo
“Quando ela morreu, todos os seus manuscritos ficaram comigo. Eu os levei para Sacramento (MG), onde ela nasceu, mas nada foi feito. Minha luta é para preservar a memória de Carolina Maria de Jesus”, afirmou Vera, umas das personagens mais presentes no diário da escritora que foi lançado nos anos 60 e logo virou um best-seller.
Apesar da fama e do dinheiro com a venda dos livros, a escritora voltou a ter uma vida cheia de dificuldades até morrer, aos 62 anos, em 1977. “Minha mãe não media esforços para ajudar as pessoas. Quem aparecesse na porta de casa pedindo alguma coisa, de um enxoval a uma passagem para voltar para o Nordeste, ela atendia”, relembrou a professora.
Muitas das passagens da vida da escritora estão relatadas no livro “Carolina: Uma Biografia”, do jornalista, escritor, crítico literário do jornal O Globo e colunista da Folha de S. Paulo, Tom Farias, que fez a mediação da conferência.