Na feira ou balada: Kombi faz 60 anos com 387 mil registros no Estado de SP

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 4 de setembro de 2017 às 08:59
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:20
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No sábado (2/9) foram celebradas seis décadas do início da produção do modelo no Brasil

Velha senhora, guerreira, corujinha, jarrinha, pão de forma, kombosa e até perua. O que não faltam são apelidos carinhosos para homenagear a Kombi, que no próximo sábado, 2 de setembro, comemora 60 anos no Brasil. Os nomes são muitos, mas a paixão pelo utilitário é a mesma entre os fãs e não para de crescer. No sistema do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) constam 387.436 veículos do modelo registrados. 

O clássico da Volkswagen começou a ser produzido no país em 1957 e para a tristeza dos fãs deixou de ser fabricado em dezembro de 2013. Mas há uma boa notícia para os kombimaníacos: a montadora prevê o retorno da Kombi em 2020 em uma nova versão que promete inovar a fachada e os faróis traseiros, bem como estará disponível em modelos híbridos e elétricos, conforme anunciou o presidente da marca, Herbert Diess, ao site inglês Auto Express.

Além de preservar a história da Kombi, a reformulação e retorno do veículo trará principalmente mais segurança aos condutores. “Essa é uma boa notícia que deve ser comemorada por todos nós, pois teremos de volta uma paixão nacional totalmente reformulada e com itens de segurança que irão preservar a integridade dos motoristas e do trânsito”, considera o diretor-presidente do Detran.SP, Maxwell Vieira. 

O amor pela senhora de 60 anos será celebrado no dia 2 de setembro, o Dia Nacional da Kombi, estabelecido por iniciativa do Sampa Kombi Clube de São Paulo. Idealizador da data e presidente do clube, Eduardo Gedrait conta que essa comemoração é uma homenagem para o veículo que sempre prestou serviço à sociedade. “Ela desperta uma nostalgia, principalmente para quem tem mais de 30 anos e já andou ou viu muitas delas rodando por aí”, acrescenta. 

Segundo ele, a Kombi foi o primeiro veículo a ser produzido pela Volkswagen no Brasil, antes mesmo do Fusca. Para Gedrait, essa longevidade do modelo no país se deve à popularidade e versatilidade que o carro propõe. “Trata-se de um veículo sem luxo nenhum, mas eficiente e de fácil manutenção, com capacidade de carga para transportar mercadorias ou pessoas”, fala o presidente-fã, destacando o recente “boom” de Kombis que aderiram ao movimento de comida de rua, como os food trucks.

Na Balada

Seja para carregar frutas na feira ou servir de atração para animar uma balada, a Kombi continua mostrando sua versatilidade para agradar e servir a todos os gostos. Caso este do empresário Pieter Den Hartog Júnior, de 23 anos. A paixão pelo utilitário começou desde criança e se tornou realidade aos 18, quando ele comprou sua primeira Kombi modelo Stardard. “Eu quis ter uma Kombi, pois além dela servir para trabalhar e passear ela representa um lado cultural que me chama a atenção, como sua ligação com o movimento Hippie na década de 1970”, destaca. 

Atualmente ele conta com dois modelos em casa. Uma das Kombis o jovem empresário usa para animar festas e baladas com o projeto “In the Kombi”. Com equipamentos de som, luzes e uma mesa adaptada para DJ, o veículo estacionado se transforma em uma balada sobre quatro rodas. “Somos convidados para festas em condomínios e até encontros de carros”, diz. 

(Publicado no site do Detran-SP)


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