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Muitos usam experiências negativas pessoais como uma maneira de forçá-los a “fazer tudo dar certo”, mas isso pode impactar a saúde mental
Forçar a superação de alguma situação difícil ou dolorosa pode gerar impactos mentais – foto blog Aqui Tem Osasco
Quando o filósofo Friedrich Nietzsche disse a frase “Aquilo que não me mata só me fortalece”, pareceu prever que as pessoas a usariam como incentivo para “dar a volta por cima”.
Muitos usam experiências negativas pessoais como uma maneira de forçá-los a “fazer tudo dar certo”. Porém, para a saúde mental, esse comportamento pode gerar alguns impactos.
“Quando passamos por uma dor, trauma, separação ou frustração, entramos em um ciclo de entender o porquê nos aconteceu isso ou aquilo”.
“São inúmeras as possibilidades e tendemos a nos apegar naquilo que falhamos ou deixamos de fazer para atender a necessidade do outro, sendo assim, o primeiro mecanismo do sujeito é: preciso alcançar algo ou realizar o que foi a minha falha na relação, seja qual for a relação”, explica a psicóloga Alessandra Araújo.
Às vezes, se sobressair depois de uma decepção amorosa, familiar ou trabalhista parece ser uma forma de sobrevivência.
Mesmo fazendo parte da vida, é preciso ter cuidado para que esse ímpeto “resiliência” à toda prova não evolua para quadros patológicos.
A necessidade de mostrar superação ao outro pode ter efeito contrário, e fazer com que você “se perca”.
“Quando eu começo a me alimentar em anular-me para mostrar para o outro que sou tão bom quanto ou melhor que ele, perdendo assim a minha essência, deixo de ser eu, ter o foco em mim, paz na vivência do dia a dia, apenas para poder mostrar para o outro que sou capaz. Vira uma necessidade que adoece o sujeito”, alerta a psicóloga.
Todos os dias ciclos começam e finalizam. A especialista pontua que os “erros” devem ser vistos de maneira mais racional.
Com isso, comportamentos “inadequados” para a relação social serão melhorados.
“Pois somos compostos de culturas que se misturam, portanto, sim, olhe para dentro, olhe para você em relação ao outro, olhe para o outro, após isso, faça uma análise do que é responsabilidade sua e o que é responsabilidade do outro, para que assim possa alinhar os comportamentos disfuncionais”, finaliza.
*Informações Metrópoles