Perigo e dor de cabeça: Saiba quais são os vírus que mais infectam celulares no país

  • Dayse Cruz
  • Publicado em 17 de julho de 2022 às 21:00
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Usuários do Android podem estar mais vulneráveis aos golpes, pelo fato do sistema operacional ser em formato de código aberto

Usuários do sistema Android estão mais sujeitos aos golpes – foto Olhar Digital

 

O Índice Global de Ameaças, relatório que identifica e estuda os principais malwares em atuação no mundo, revelou quais são os vírus que mais infectam celulares no Brasil.

Publicado pela empresa de cibersegurança Check Point na última quarta-feira (13), a pesquisa listou os dez agentes infecciosos mais comuns em 2022 e os setores mais impactados no país.

Segundo os dados revelados, os malwares Emotet e Chaes ocupam o primeiro e o segundo lugar, respectivamente, com 42,19% e 6,88% de impacto, e visam ao roubo de informações bancárias.

É válido mencionar que usuários do Android podem estar mais vulneráveis aos golpes, pelo fato do sistema operacional ser em formato de código aberto.

Por esse motivo, é necessário ter cuidado redobrado ao baixar aplicativos e jogos, principalmente em lojas não oficiais, já que esse é um dos meios mais usados pelos criminosos.

Quais são os principais vírus que atacam celulares no Brasil?

O ranking dos principais vírus que afetam smartphones no Brasil é liderado pelo Emotet, um trojan avançado que se propaga de maneira automática.

Anteriormente, o vírus era considerado apenas de cunho bancário, mas recentemente foi usado como distribuidor de outros malwares e campanhas maliciosas.

No mês passado, uma nova variante do Emotet foi descoberta, que visa roubos de cartões de crédito e tem como alvo usuários do Google Chrome. Ele se espalha via e-mails de spam e utiliza phishing.

O próximo colocado na lista é o Chaes, um malware que atinge plataformas de e-commerce, como Mercado Livre, para roubar credenciais de clientes.

Assim, consegue acesso a números de cartão de crédito e outras informações financeiras para, depois, aplicar golpes. Ele também é capaz de fazer capturas de tela e monitorar o navegador Chrome do dispositivo infectado.

Em geral, os malwares encontrados na lista em geral visam ao roubo de informações do usuário, como credenciais bancárias.

Também conseguem controlar os dispositivos em que estão instalados, e os objetivos disso vão desde lucrar com anúncios de forma fraudulenta até assinar serviços não autorizados pelos usuários.

As formas como eles invadem o aparelho da vítima podem ser por meio de mensagens com phishings e também através do download de aplicativos e jogos infectados.

Abaixo, veja a lista completa.

Emotet
Chaes
Crackonosh
PseudoManuscrypt
Glupteba
Proxy
Formbook
XMRig
Raspberry Robin
NJRat

Quais são os três malwares que mais afetam celulares no mundo?

Os três malwares que mais afetam celulares no mundo são o AlienBot, Anubis e MaliBot. O primeiro é um malware para dispositivos Android que injeta código malicioso em aplicativos financeiros originais.

Assim, o vírus consegue acessar a conta das vítimas e pode ainda obter controle completo do dispositivo – tudo isso feito de maneira remota, através de códigos avançados de programação.

O segundo da lista é o Anubis, um “Cavalo de Tróia” bancário, que pode também atuar de maneira remota para controlar o aparelho do usuário.

Assim, consegue fazer ações como gravar o que é digitado ou falado – o que põe a privacidade em risco. Segundo o relatório, esse Anubis foi detectado recentemente em diversos aplicativos disponíveis na Google Play Store.

Já o terceiro malware mais encontrado no mundo é o MaliBot, um novo malware bancário de Android que recentemente afetou diversos usuários na Espanha e Itália.

O malware se disfarça como um aplicativo de mineração de criptomoedas e pode roubar dados financeiros, além de ter acesso a dados pessoais e carteiras de criptomoedas.

Quais são os setores mais impactados por ataques cibernéticos?

Os setores mais impactados por ataques cibernéticos no Brasil são os da área militar do governo, além de vendas de varejo e atacado e setor de comunicação.

Os objetivos dos criminosos podem ser desde coletar dados massivos de contas bancárias e informações pessoais de usuários, além de usar as informações como forma de chantagem para obter ganhos financeiros.

Em casos de dados governamentais, é possível que as informações coletadas tenham fins políticos também.

Como se proteger?

São necessários alguns cuidados para não ser alvo desse tipo de ataques cibernéticos. O primeiro deles é evitar baixar aplicativos em lojas não oficiais, como Google Play Store e App Store.

Além disso, também é preciso suspeitar de links recebido via WhatsApp, e-mail, SMS ou outros mensageiros, principalmente, se vieram acompanhados de promoções e benefícios.

O ideal é verificar a URL recebida por meio de um verificador, como o do dfndr lab, da empresa de segurança digital PSafe (“www.psafe.com/dfndr-lab/pt-br/“, sem aspas).

Vale também analisar se a grafia do site corresponde ao site original, caso seja conhecido por você.

Outro ponto importante é sempre manter as atualizações de sistema em dia, além de ter antivírus instalados e ativados no aparelho para detectar e remover possíveis ameaças.

O Play Protect, nativo de celulares Android, é uma boa opção para manter seu smartphone seguro.

*Informações TechTudo


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