compartilhar no whatsapp
compartilhar no telegram
compartilhar no facebook
compartilhar no linkedin
Em 1952 o fenômeno “SMOG”, um nevoeiro tóxico, vitimou mais de 8 mil pessoas em Londres. Esse acontecimento foi o marco inicial da percepção dos grandes impactos ambientais causados pela industrialização mundial.
A partir dos anos 60, intensificou-se a percepção de que a humanidade caminhava aceleradamente para o esgotamento ou a inviabilização de recursos indispensáveis à sua própria sobrevivência, com isso, surgiram vários movimentos em prol do meio ambiente, que buscavam a redução da degradação ambiental e evitar a escassez de recursos naturais, colocando o tema da conservação da natureza no núcleo das discussões e debate público.
Em 1968, um grupo de cientistas publicou um estudo voltado a preocupação ambiental e visavam resolver a problemática de escassez de recursos, porém, o estudo se mostrou incorreto e alarmista, mas contribuiu para o alerta sobre a mudança de comportamento da população.
Preocupados com o futuro do planeta, a Organização das Nações Unidas (ONU), juntamente com os Estados e a comunidade científica, realizou a Primeira Conferência Mundial sobre o Homem e o Meio Ambiente, visando amenizar a problemática: homem versus natureza.
A Conferência de Estocolmo ou Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, ocorrida em junho de 1972, tinha como objetivo de discutir, de forma global, as questões ambientais.
Teve como principal desdobramento, a elaboração da Declaração de Estocolmo, proclamando que “o homem é ao mesmo tempo obra e construtor do meio ambiente que o cerca, o qual lhe dá sustento material e lhe oferece oportunidade para desenvolver-se intelectual, moral, social e espiritualmente”, e se compõe em 26 princípios que tratam do dever de se fomentar em todos os países, especialmente os em desenvolvimento, a pesquisa e o desenvolvimento científicos referentes aos problemas ambientais, que as tecnologias ambientais devem ser postas à disposição dos países em desenvolvimento de forma a favorecer sua ampla difusão, sobre as mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável, entre outros.
Consequência disso foi a criação de uma Secretaria Especial do Meio Ambiente, que viria a se transformar no Ministério do Meio Ambiente, e muitos desses princípios foram absorvidos pelas diversas normas legais existentes no Brasil.
E com a instituição do Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado hoje e todos os anos no dia 05 de junho, mesma data em que foi realizada a Conferência de Estocolmo, sendo este considerado um meio de chamar a atenção de toda sociedade para os problemas ambientais e consequentemente a necessidade cada vez mais urgente da preservação dos recursos naturais que não são inesgotáveis.
Apesar das mudanças na observação e no tratamento das questões do Meio Ambiente que a Conferência trouxe, ainda hoje temos muitos problemas a solucionar, principalmente com relação aos impactos negativos da ação do homem. E para buscar possíveis soluções, necessitamos rever constantemente nossas ações, para que nossa própria sobrevivência não seja comprometida.
Trazendo o assunto para nossa cidade e região, dentre os principais problemas, temos o descarte inadequado de lixo e as queimadas irregulares. Em setembro do ano passado, a cidade foi engolida por uma tempestade de poeira, prejudicando a visibilidade e causando em algumas pessoas dificuldades para respirar. Sendo este evento atípico para nossa região, chamou grande atenção das pessoas. Na mesma época, a cidade passou por um grande racionamento de água, no qual a população sofreu com as interrupções no fornecimento, sendo necessária, grande campanha para o uso responsável da água. Além disso, no mesmo mês de setembro, a região sofreu com grandes queimadas, provocando problemas respiratórios na população, causando risco de morte, ocorrendo a interrupção do tráfego em três rodovias da região.
Enfim, as mudanças não deverão ocorrer apenas de maneira global. Todos nós sofremos de alguma forma com os problemas ambientais e que afeta o nosso bem-estar. É fundamental que cada um faça a sua parte, principalmente em relação a necessidade de mudanças dos nossos hábitos diários, dando maior importância ao uso correto e adequado dos recursos naturais e reivindicando também o cumprimento das Leis Ambientais. A responsabilidade ambiental é de toda a sociedade. Vamos juntos nessa?
Alex do Vale
Barbara Navarro Miranda
Rodrigo Henrique Branquinho Barboza Tozzi
Comissão do Meio Ambiente e de Defesa dos Direitos dos Animais- OAB Franca.