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Estudo mostra que quem anda 5% mais devagar a cada ano e apresenta sinais de declínio cognitivo tem probabilidade de desenvolver demência
Uma caminhada mais lenta à medida que envelhecemos sempre foi um sinal de alerta de crescente fragilidade que pode levar a quedas e outras deficiências, dizem os especialistas.
Pesquisas emergentes em pequenos grupos de idosos também descobriram que uma caminhada mais lenta de ano para ano pode ser um sinal precoce de declínio cognitivo.
Isso pode ser devido ao encolhimento do hipocampo direito, que é a parte do cérebro associada à memória, de acordo com estudos.
Mas nem todos os sinais de declínio cognitivo predizem demência posterior –apenas 10% a 20% das pessoas com 65 anos ou mais com comprometimento cognitivo leve (CCL) desenvolvem demência no próximo ano, de acordo com o Instituto Nacional do Envelhecimento. “Em muitos casos, os sintomas do CCL podem permanecer os mesmos ou até melhorar”, afirma o instituto.
Segundo a CNN Brasil, um grande e novo estudo com quase 17 mil adultos com mais de 65 anos descobriu que pessoas que andam cerca de 5% mais devagar a cada ano, ao mesmo tempo que exibem sinais de processamento mental mais lento, têm maior probabilidade de desenvolver demência. O estudo foi publicado na terça-feira (31) na revista online JAMA Network Open.
“Esses resultados destacam a importância da velocidade que andamos na avaliação do risco de demência”, escreveu a autora correspondente Taya Collyer, pesquisadora da Peninsula Clinical School da Monash University, em Victoria, na Austrália.
Exercícios podem ajudar
Há coisas que podemos fazer à medida que envelhecemos para reverter o encolhimento do cérebro que acompanha o envelhecimento típico. Estudos descobriram que o exercício aeróbico aumenta o tamanho do hipocampo, ampliando alguns aspectos da memória.
Enterrado no lobo temporal do cérebro, o hipocampo é um órgão de formato estranho que é responsável pelo aprendizado, consolidação de memórias e navegação espacial, como a capacidade de lembrar direções, locais e orientações.
O treinamento com exercícios aeróbicos aumentou o volume do hipocampo anterior direito em 2%, revertendo a perda relacionada à idade no órgão de um para dois anos, de acordo com um ensaio clínico randomizado de 2011. Em comparação, as pessoas que fizeram apenas exercícios de alongamento tiveram um declínio aproximado de cerca de 1,43% no mesmo período.