“As ponteiras das plantas foram bastante danificadas por conta da temperatura. Essa ponteira agora tende a cair porque as folhas foram bastante prejudicadas e certamente vai impactar na produção da próxima safra.”
O engenheiro agrônomo e pesquisador da Fundação Procafé, Marcelo Jordão Filho, explica que a queima foi causada pela velocidade do vento associada às temperaturas baixas, que variaram de 2,5°C a 3°C. O fenômeno deixa a borda das folhas amarronzadas e ressecadas.
“[A queima] Acaba danificando as folhagens novas do café, trazendo um aspecto de necrose de tecido, mas de maneira leve. Então foi muito pontual nas áreas de baixadas das propriedades. Nós tivemos relatos de folhas queimadas pelo efeito do frio e baixas temperaturas. Não houve a geada como no ano anterior, mas trouxe prejuízo pontuais no aspecto da planta”, afirmou Jordão Filho, em declaração ao portal G1 Ribeirão e Franca.
Segundo o serviço de meteorologia Climatempo, havia chance de geada na região de Franca no amanhecer desta quinta-feira. Na sexta-feira (20), embora as temperaturas continuem baixas, o risco do fenômeno está descartado por enquanto, porque a mínima deve ser de 5°C.
Para os produtores rurais, a situação é preocupante porque a massa de ar polar antecipou a queda brusca de temperaturas no país, provocando recordes de temperatura em pleno outono.
Em 2021, durante o inverno, cafeicultores da região sofreram prejuízos com a geada registrada nos meses de junho e julho.