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Pálpebras inchadas, vermelhidão, coceira, ardência, sensação de areia nos olhos
Com a atual situação climática brasileira, de frio e com queda na umidade relativa, fica propícia a proliferação de vírus no ar e maior incidência de doenças como a conjuntivite.
Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, nossos olhos estão conectados ao nariz pelo canal lacrimal e é por isso que as doenças respiratórias influem na saúde ocular.
“Isso explica porque é comum ficarmos com os olhos vermelhos quando estamos resfriados ou gripados”, exemplifica.
O especialista esclarece que a baixa umidade do ar reduz as defesas do organismo e resseca todas as mucosas, inclusive a lágrima que tem a função de proteger a superfície dos olhos.
“A falta de lágrima, somada às alterações ambientais facilitam o aparecimento da conjuntivite alérgica e da viral. Nos dois tipos ocorre a inflamação da conjuntiva, membrana que recobre a esclera, parte branca do olho, e a face interna da das pálpebras” afirma.
Conjuntivite alérgica
Pálpebras inchadas, vermelhidão, coceira, ardência, sensação de areia nos olhos, lacrimejamento e fotofobia (aversão à luz) são sintomas em comum de todo tipo de conjuntivite.
“É a secreção que diferencia uma da outra, sendo aquosa na alérgica e transparente e viscosa na viral”, pontua o médico.
A conjuntivite alérgica nesta época do ano é causada principalmente pelo aumento da poluição no ar e é mais comum em quem sofre algum tipo de alergia. Isso porque, estudos mostram que seis em cada dez alérgicos manifestam a doença nos olhos.
Ao contrário da viral a alérgica não é contagiosa, mas pode causar lesões na córnea e diminuir permanentemente a visão, alerta.
O tratamento dos casos leves é feito com colírio anti-histamínico. O médico ressalta que o uso de antialérgico oral, para tratar alergias sistêmicas simultâneas à conjuntivite, resseca a lágrima e por isso dificulta a recuperação dos olhos.
Quem já tem ceratocone, doença degenerativa que faz a córnea tomar o formato de um cone e tem como principal fator de risco coçar os olhos, deve utilizar os colírios já prescritos pelo oftalmologista e em caso de crise alérgica durante o outono passar por consulta.
“Quadros mais intensos de conjuntivite alérgica são tratados com colírios que contém corticoide. O medicamento só pode ser usado com supervisão médica”, salienta.
Isso porque, deve ser feita a regressão correta para não causar efeito rebote. Usar por um tempo prolongado pode causar glaucoma e catarata.
As dicas do oftalmologista para prevenir processos alérgicos são:
• Mantenha os ambientes arejados e livres de pó.
• Evite levar as mão com substâncias químicas aos olhos
• Não faça caminhada ou outros exercícios em locais muito poluídos.
• Beba bastante água.