compartilhar no whatsapp
compartilhar no telegram
compartilhar no facebook
compartilhar no linkedin
Quem tem medo de escuro ou simplesmente não gosta do breu completo pode ter motivos maiores para se preocupar na hora de dormir
Mesmo a luz de baixa intensidade pode ser prejudicial à saúde
Quem tem medo de escuro ou simplesmente não gosta do breu completo pode ter motivos maiores para se preocupar na hora de se deitar: um estudo recente concluiu que dormir com a luz acesa pode aumentar o risco de desenvolvimento de problemas cardíacos e diabetes.
Intitulado, em tradução livre, “Exposição à luz durante o sono prejudica as funções cardiometabólicas”, o estudo foi publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences e, avaliando a frequências cardíaca de jovens saudáveis, concluiu que mesmo uma luz de baixa intensidade acesa aumenta a frequência cardíaca durante o noite e prejudica a qualidade do sono, podendo piorar funcionamentos importantes de nosso metabolismo e agravar nossa saúde em longo prazo.
Em resumo, a luz acesa impede o pleno descanso do corpo, prejudicando o funcionamento cardiovascular e aumentando as chances de resistência à insulina, que pode levar ao desenvolvimento de diabetes.
“Os resultados deste estudo demonstram que apenas uma única noite de exposição à iluminação moderada durante o sono pode prejudicar a glicose e a regulação cardiovascular, que são fatores de risco para doenças cardíacas, diabetes e síndrome metabólica”, afirmou Phyllis Zee, chefe de medicina do sono da Escola Feinberg de Medicina, na Northwestern University, nos EUA, e autor sênior do estudo.
A pesquisa avaliou o sono de 20 adultos saudáveis, com idade média de 26 anos, divididos em dois grupos randômicos: um dormindo por duas noites sob luz moderada, a 100 lux de intensidade luminosa, e outro sob luz fraca, a 3 lux de intensidade.
Os resultados mostraram que, embora os dois grupos tenham apresentado níveis semelhantes de melatonina, hormônio relacionado ao sono, quem dormiu com a luz de intensidade moderada acesa entrou em um estado de alerta mais intenso, conhecido como ativação simpática, no qual se eleva a frequência cardíaca, em efeito semelhante ao que ocorre durante o dia, quando somos expostos à luz, através de ativação em nosso sistema nervoso.
“Nossos resultados indicam que um efeito semelhante também está presente quando a exposição à luz ocorre durante o sono noturno”, afirmou Zee.
Segundo o médico, a resistência à insulina foi registrada pela manhã, entre os participantes que dormiram em sala mais iluminada durante o experimento.
A primeira conclusão da pesquisa, portanto, recomenda a escolha por ambientes escuros para a hora de dormir: o relógio biológico é diretamente afetado pela luz para controlar os ritmos e práticas fisiológicas de nossos metabolismos.
“Essas descobertas são importantes principalmente para aqueles que vivem em sociedades modernas, onde a exposição à luz noturna interna e externa é cada vez mais difundida”, conclui Zee.
Trata-se, no entanto, de uma pesquisa com amostra pequena, que ainda carece de experimentos em maior escala para compreender de forma mais profunda e inequívoca a dimensão do impacto da luz sobre a qualidade de nosso sono – e, assim, sobre nossa saúde de modo geral.
*Informações Hypeness