Março Amarelo: mês pede atenção para doenças renais em pets, fique de olho!

  • Dayse Cruz
  • Publicado em 18 de março de 2022 às 12:30
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Você sabia que cães e gatos também podem sofrer com as doenças renais? Saiba como a condição se manifesta em pets e qual o tratamento

Cães e gatos também podem desenvolver doenças renais

 

Dar cor aos meses se tornou uma prática comum na busca por visibilidade de doenças e condições.

Entretanto, essa estratégia não acontece apenas para alertar sobre a saúde humana: ela se estende também ao mundo pet.

Por essa razão, o mês de março ganhou a nomenclatura “Março Amarelo”, na intenção de conscientizar e alertar tutores sobre as doenças renais em cachorros e gatos.

Segundo o veterinário Carlos Moraes, as doenças renais são umas das principais causas de óbito de cães e bichanos acima dos 7 anos e estima-se que atinjam cerca de 60% dos animais.

Embora não haja cura, o tratamento pode proporcionar melhora na qualidade de vida, caso o diagnóstico seja precoce.

As doenças renais

Esse conjunto de doenças atingem, sobretudo, o rim. Mas quais são? “São entendidas como doenças renais todas as alterações na função renal que persistem por mais de 3 meses”.

“Elas podem se manifestar de duas formas: aguda (como insuficiência renal) e crônica. Ambas trazem riscos graves à saúde dos nossos pets e devem ser detectadas quanto antes”, alerta o veterinário.

Entre as principais causas para o surgimento desse quadro nos animais de estimação estão: infecções, inflamações, parasitas, traumas, intoxicação, idade avançada, doenças autoimunes, congênitas ou hereditárias.

Quem é mais propenso a desenvolvê-las?

Ainda que todos os pets estejam suscetíveis a apresentar tais alterações nos rins, algumas espécies têm maior propensão a isso, como é o caso dos gatos e também de algumas raças de cachorros. São elas:

– doberman;

– beagle;

– cocker;

– shih tzu;

– lhasa apso;

– poodle;

– yorkshire;

– samoieda.

“Os gatos são mais propensos pela quantidade de néfrons — unidades funcionais dos rins — que possuem, pois são eles que fazem com que os órgãos cumpram a função de filtrar o sangue”.

“Para se ter uma ideia, os humanos têm mais de um milhão de néfrons, os cães, aproximadamente, 450 mil, já os gatos possuem apenas 250 mil néfrons. Assim, as lesões renais acabam tendo um dano bem maior”, explica Carlos.

Nem sempre há sintomas

O que torna o diagnóstico precoce mais difícil é o fato de a doença, geralmente, se manifestar de forma silenciosa. Ou seja, não há sinais que faça soar o alarme de que algo não vai bem.

Ainda assim, vale ficar de olho se o pet apresenta algum sintoma como:

– vontade frequente de fazer xixi;
– urina muito clara;
– sede excessiva (uma resposta ao líquido perdido);
– vômitos e diarreias.

Se você notar essas alterações, a recomendação é procurar um veterinário para investigar a causa.

Tratando as doenças renais

O médico reforça que mesmo não tendo cura, o tratamento poderá trazer melhoras significativas para a vida do animal.

“A minha indicação é que o pet consuma sempre uma ração de boa qualidade, se hidrate bem com água e evite alimentos tóxicos”.

“Além disso, vale fazer um check up anual a partir dos cinco anos, se não tiver doença. Caso seja diagnosticado, a periodicidade vai de acordo com o grau, estabelecida pelo seu veterinário”, orienta Carlos.

*Informações Alto Astral


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