Obesidade no Brasil tem dados sombrios e assustadores: saiba o tamanho do problema

  • Roberto Pascoal
  • Publicado em 15 de julho de 2024 às 16:00
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Caminho para combater esta realidade é o mesmo de sempre: comer de forma equilibrada e se exercitar

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O Dia Mundial da Obesidade, celebrado anualmente em março, foi criado com o objetivo de incentivar hábitos saudáveis, como a prática de exercícios, uma alimentação equilibrada, um sono reparador e o emagrecimento saudável por meio de um tratamento multidisciplinar adequado e com profissionais especializados.

A obesidade afeta indivíduos de todas as idades e grupos sociais tanto nos países desenvolvidos como nos que estão em desenvolvimento, alcançando 650 milhões de pessoas no mundo inteiro.

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a obesidade é um dos problemas mais graves de saúde que teremos de enfrentar no futuro. Em 2025, estima-se que 2,3 bilhões de adultos em todo o mundo estarão acima do peso.

Dados

No Brasil, a doença aumentou 72% na última década. Em 2006, eram 11,8% de obesos, e em 2019 esse percentual subiu para 20,3% da população.

Pesquisas da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica) constataram que no país a frequência de obesidade é semelhante em homens e mulheres, e que ela diminui com o aumento da escolaridade.

O que pode causar

A obesidade é um dos principais fatores de risco para doenças não transmissíveis, como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão, acidente vascular cerebral, várias formas de cancer, além de reduzir significativamente a qualidade de vida.

Outro dado alarmante é que as taxas de obesidade no mundo quase triplicaram desde 1975 e de lá para cá aumentaram quase cinco vezes entre crianças e adolescentes.

Longo prazo

Considerada doença crônica, a obesidade tende a piorar com o passar dos anos, caso o paciente não seja submetido a um tratamento contínuo com profissionais qualificados. A OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta a obesidade como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo.

O tratamento inclui diminuição da ingestão de calorias e aumento da atividade física, podendo-se recorrer ao uso de medicamentos. Em casos mais graves, pode ser indicado tratamento cirúrgico.

Legislação

A SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) defende a criação de leis que possam restringir a comercialização de alimentos e bebidas com alto teor de gorduras, açúcar e sal para crianças.

E também tributar bebidas açucaradas e proporcionar melhor acesso a alimentos saudáveis; criar espaços seguros para caminhadas, ciclismo e recreação nas cidades; ensinar às crianças hábitos saudáveis desde a infância, entre outros.

Multidisciplinar

No tratamento multidisciplinar da obesidade podem se envolver profissionais de diferentes áreas: endocrinologia, nutrição, educação física e psicologia, todos especialistas em mudança de estilo de vida.

“A obesidade é doença complexa e que exige trabalho transdisciplinar”, constata a endocrinologista titulada pela SBEM e doutora pela USP, Cristina Schreiber.


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