Covid-19: 30% dos idosos infectados podem desenvolver sequelas, afirma estudo

  • Dayse Cruz
  • Publicado em 20 de fevereiro de 2022 às 08:30
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Estudos mostram que, de cada 100 idosos infectados por covid-19, 32 desenvolveram algum tipo de sequela nos meses seguintes

Idosos infectados pelo coronavírus acabam desenvolvendo sequelas

 

Um estudo desenvolvido por um plano de saúde norte-americano e publicado no jornal científico The BMJ, apontou que, de cada 100 idosos infectados pela Covid-19, 32 desenvolveram uma complicação nos meses seguintes à infecção.

O levantamento foi realizado em 2020, no período da primeira onda do coronavírus, e usa dados de pessoas com 65 anos ou mais que usam medicamentos prescritos.

Para a pesquisa, o UnitedHealth Group monitorou as informações coletadas de exames feitos por pessoas infectadas antes de 1° de abril de 2020.

Para a comparação, foram elencados três grupos com os dados de idosos que não tiveram Covid até aquele momento, mas estavam recebendo alguma medicação: um grupo de comparação em 2020 (87.337 mil pessoas); outro grupo que recebia tratamento médico em 2019 (88.070 pessoas); e outro com doença viral no trato respiratório inferior (73.490).

Os dados mostraram que entre o grupo de idosos com acompanhamento médico em 2020 e os infectados pelo coronavírus, os pacientes com Covid-19 apresentaram mais condições de desenvolverem doenças como insuficiência respiratória (7,55%), pressão alta (4,43%), fadiga (5,66%) e diagnósticos com algum problema de saúde mental (2,5%) do que os não infectados.

Os resultados foram semelhantes na comparação dos infectados de 2020 com o grupo de idosos de 2019.

Já entre as pessoas com problemas respiratórios, apenas sintomas como insuficiência respiratória, demência e fadiga apresentaram mais riscos de surgimento (2,39%, 0,71% e 0,18% respectivamente) entre os infectados após a fase aguda da Covid.

Os pesquisadores registraram todas as condições que foram se apresentando após 21 dias do diagnóstico inicial de Covid-19 (estágio crítico da infecção).

Na etapa seguinte do estudo foram calculados os riscos excessivos de condições desencadeadas pela doença ao longo de 120 dias (4 meses) com recortes entre idade, raça e sexo, além das informações sobre pacientes que precisaram de internação para tratar a doença.

Pessoas internadas tiveram um risco maior para desenvolver alguma sequela. Outros grupos que também mostraram problemas pós-infecção detinham os seguintes perfis: homens, pessoas negras, maiores de 75 anos.

“Nossos resultados podem ajudar a antecipar a escala de futuras complicações de saúde e melhorar o planejamento para o uso de recursos”, apontaram os autores.

*Informações Isto É


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