Leilão 5G abre novas fronteiras: agora é esperar tecnologia chegar à região francana

  • Robson Leite
  • Publicado em 6 de novembro de 2021 às 16:30
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O caminho da tecnologia 5G para o interior é mais lento: as cidades com mais de 30 mil habitantes serão atendidas até 31 de julho de 2029

O protelado leilão do 5G, que deve ampliar a rede e aumentar a velocidade das conexões por celular, culminou na sexta-feira (05) com o arremate das principais faixas de operação pelas maiores empresas de telefonia móvel do país – Claro, Vivo e Tim.

O certame ocorre com um ano de atraso devido as idas e vindas na regulamentação da nova tecnologia e do edital, entre elas obstáculos à atuação da Huawei na construção das redes por pressão do então presidente americano Donald Trump.

O governo deve receber cerca de R$ 9 bilhões, mais o compromisso de investimento de R$ 40 bilhões.

As três operadoras levaram o chamado filé do 5G, a frequência 3,5 GHz (gigahertz) que permitem velocidades de até cem vezes as do 4G.

A Claro pagou R$ 338 milhões pelo lote; a Vivo, R$ 420 milhões; a Tim, R$ 351 milhões. O quarto bloco não teve proposta. Os serviços devem estar operantes até julho, alavancando as concessões como bandeira eleitoral de Jair Bolsonaro.

Novas empresas

Embora, Claro, TIM e Vivo tenham levado os blocos da faixa 3,5 GHz — a porta de entrada para a próxima geração de telefonia celular e internet móvel, o leilão 5G trouxe novas empresas ao mercado, várias regionais e uma nacional, a Winity, que vai operar nos lotes não disputados pelas gigantes.

As diferentes frequências se prestam a propósitos específicos — celulares, internet das coisas, produtos para a indústria e aplicações agrícolas — e vão operar novos negócios.

Mas, a ambição parece ser demasiada, haja vista os prazos a seguir: as capitais devem ter a nova tecnologia a disposição dos consumidores até 31 de julho de 2022.

O caminho para o interior é mais lento: as cidades com mais de 30 mil habitantes serão atendidas até 31 de julho de 2029; as rodovias federais devem ter cobertura 4G até 2024.

Todas as escolas do ensino básico devem estar conectadas ao 5G até 2024 e fibra óptica na região amazônica por via fluvial.

É aguardar que as metas sejam cumpridas, apesar da tradição brasileira não demonstrar essa faceta. Vale notar que nenhuma operadora estrangeira, com exceção das que já aqui operam, participaram do certame.


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