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Para além das facilidades, há outro lado da digitalização: com maior uso de apps e internet banking, as agências bancárias estão desaparecendo.
O Pix vem ganhando novas funcionalidades e, junto à explosão de carteiras digitais, contribuindo para a redução do papel-moeda.
Com a chegada da vacina, é possível vislumbrar a proximidade do retorno à vida normal: a volta de festas, o trabalho presencial, a abertura de estádios e até a possível liberação de uso de máscaras nas ruas.
Porém, nem tudo será como era antes. Os meios de pagamento digitais se popularizaram e vieram para ficar.
Muita gente anda sem ter ao menos R$ 2 no bolso, já que, para fazer eventuais pagamentos, utilizam cartões ou Pix — sistema instantâneo criado pelo Banco Central, que completa um ano neste mês de novembro.
Para além das facilidades, há outro lado da digitalização: com maior uso de apps e internet banking, as agências bancárias estão desaparecendo.
Cartões
Influenciado pelo avanço do comércio on-line, o uso de cartões para pagamento teve uma escalada de 30,5% entre o primeiro semestre deste ano e o do passado, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).
Segundo uma notícia publicada no portal digital do jornal Extra, nas lojas físicas, depois do dinheiro, o meio preferido para compras à vista é o Pix.
Uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que essa modalidade já supera, inclusive, o cartão de débito.
Segundo dados do BC, as transações com Pix têm crescido constantemente: em janeiro, foram pouco mais de 200 mil operações. Em setembro, o número passou de um bilhão.
Instantaneidade
O líder de finanças da consultoria Bip, Luiz Fabbrine, acredita que a instantaneidade do Pix colabora também para o menor uso de dinheiro em papel.
Além de permitir transferências em minutos a qualquer hora do dia, inclusive em fins de semana, sem a cobrança de taxas para pessoas físicas, o novo modelo gera economia para os bancos.
O Pix vem ganhando novas funcionalidades e, junto à explosão de carteiras digitais, contribuindo para a redução do papel-moeda.
As carteiras digitais também se multiplicaram e, de acordo com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), cerca de 38 milhões de brasileiros abriram a primeira conta bancária entre janeiro de 2020 e junho de 2021, com as poupanças sociais digitais para o crédito do auxílio emergencial.
Recentemente, a Caixa adicionou novas funcionalidades a essas contas. Além de movimentar recursos com um cartão virtual de débito, pagar boletos, fazer transações Pix e QR Code, o poupador ainda pode solicitar um empréstimo de até mil reais, diretamente pelo aplicativo Caixa Tem, de forma totalmente digital.
Tecnologia reduz gerentes e caixas
O número de agências bancárias e funcionários vem caindo ano a ano, segundo o Banco Central, com o ganho de eficiência dos canais de atendimento digitais.
Essa tendência deve continuar nos próximos anos. Apesar de a digitalização, inicialmente, demandar maiores investimentos em tecnologia, no futuro, deverá reduzir custos e aumentar a capacidade operacional das instituições financeiras.
Por isso, ao passo que dispensam gerentes e caixas, os bancos têm apostado na contratação de profissionais de tecnologia.
O Itaú, por exemplo, encerrou o primeiro semestre com 13 mil colaboradores de tecnologia — um crescimento de 83% em dois anos. Só em 2021, foram mais de 2.500 contratações para a área de tecnologia.