Gritos não educam e ainda podem prejudicar muito a evolução das crianças

  • F. A. Barbosa
  • Publicado em 8 de fevereiro de 2023 às 19:30
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Gritos não resolvem os problemas e ainda podem causar uma série de traumas nas crianças

Gritos não resolvem os problemas e ainda podem causar uma série de traumas nas crianças

Às vezes, é difícil manter o controle e não cair na armadilha de gritar com os filhos. E os efeitos podem ser devastadores.

Mas especialistas afirmam que é possível atingir o controle emocional e identificar outras formas mais saudáveis e efetivas para se comunicar com as crianças.

Estudos afirmam que gritar com os pequenos causa inúmeros danos ao cérebro infantil. Desde medo à insegurança, problemas nos relacionamentos, dificuldade em expressar suas opiniões e emoções, baixa autoestima, sentimento de inferioridade e por aí vai.

Comunicação

Por trás dos gritos dos pais, está uma impotência na comunicação que não ocorre de forma clara e afetiva.

Pelo contrário, os pais pensam que conseguem transmitir a mensagem que desejam por meio do grito, mas, na verdade, o que acontece é o bloqueio mental dos pequenos e o desgaste emocional dos pais.

Muitas vezes, os pais reproduzem o modelo educacional que receberam na infância e que foi aprendido. Dessa forma, desconhecem que existem outros caminhos para se comunicar.

Combatendo a situação

O primeiro passo é reconhecer o modelo adotado e desejar promover a mudança que pode ser viabilizada com a ajuda de um profissional e por meio do autoconhecimento.

Como já comentei em outros artigos, comportamentos podem ser alterados, desde que o indivíduo queira.

Gritar não traz autoridade e nem reforça o papel e a responsabilidade dos pais como educadores e cuidadores dos filhos.

Em vez disso, acaba se refletindo em traumas e submissão dos pequenos, além de gerar um ambiente intenso de conflitos, principalmente, se os pais gritam entre si.

Por isso, é necessário fazer uma reflexão: “Como você se comunica com as outras pessoas? Você adota o grito com seus amigos ou somente com seus filhos para demonstrar pseudo autoridade e poder?”

Estudo

Um estudo feito pela Universidade de Pittsburgh com 1000 famílias compostas por crianças entre 1 e 2 anos demonstra que os gritos afetam o desenvolvimento psicológico das crianças.

Isso impede o crescimento de adolescentes seguros e autoconfiantes e que se tornarão adultos agressivos, depressivos ou defensivos.

Já a Harvard Medical School afirma que o abuso verbal, os gritos, a humilhação ou a combinação desses três ingredientes altera de forma definitiva a estrutura cerebral da criança.

Para ajudar nesse desafio, seguem super dicas para você evitar essa conduta:

1. Tente manter o controle – gritar é perder as rédeas e a capacidade de disciplinar a criança pelo exemplo;

2. Evite momentos estressantes – busque tratar as questões com leveza e tranquilidade.

Demonstre amorosidade, mesmo nos momentos difíceis ou quando a criança erra e adota um comportamento inadequado;

3. Acalme-se antes de agir – pare, observe e reflita sobre a situação, antes de falar qualquer outra coisa ou sair gritando.

Se necessário, afaste-se um pouco do “olho do furacão”, a fim de não entrar na sintonia do turbilhão de emoções e se perder.

Por fim, não se culpe, mas, também, não se exceda – se gritar, não se cobre tanto, afinal, somos humanos. Porém, não banalize o grito.

Uma ótima ferramenta da Disciplina Positiva é adotar a conduta da “pausa positiva”, que permite respirar, recuperar o equilíbrio e, então, criar juntos uma solução factível e razoável para a questão que provocou o momento de estresse e dos gritos.


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