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De outubro de 2020 a agosto deste ano, 46.410 brasileiros foram detidos pelas autoridades de fronteira tentando entrar ilegalmente nos Estados Unidos
Uma família brasileira atravessa barragem em direção ao muro da fronteira em Yuma, Arizona(Foto: Ariana Drehsler/NYT)
O assunto está mais perto de nós do que se imagina. Uma série de fatores no Brasil e outros nos Estados Unidos incentivou as pessoas a se arriscar na travessia de um dos lugares mais vigiados do mundo: a fronteira entre o México e os Estados Unidos.
A crise econômica agravada pela pandemia e esperança de afrouxamento na política migratória americana fizeram disparar o número de brasileiros detidos ao entrar ilegalmente nos Estados Unidos.
Segundo uma publicação do jornal Estado de S. Paulo, entre outubro de 2020 e agosto de 2021, autoridades de fronteira dos Estados Unidos detiveram 47,4 mil , mais do que a soma dos 14 anos anteriores, quando 41 mil foram pegos ao cruzar a fronteira.
Só para repatriar esse contingente de pessoas seria necessária a locação de cerca de 160 aviões com capacidade para 300 passageiros.
Ao lado do estado de Minas Gerais, historicamente um ponto de partida de migrantes, aparecem como emissores Acre, Mato Grosso e Rondônia.
A suspensão há 18 meses da emissão de vistos de turista para brasileiros, também efeito da crise sanitária, agravou o impacto.
“Historicamente, 90% dos brasileiros sem documentação chegavam aos EUA com visto de turista e ficavam. Esse era o método de entrada”, diz Gabrielle Oliveira, professora da Faculdade de Educação de Harvard.
Sem visto, um volume maior se arrisca por terra, em viagem que pode custar de R$ 40 mil a R$ 80 mil – esta última, uma versão “com seguro”.