Prefeito de Franca diz que racionamento não é culpa da Sabesp, Prefeitura e nem dele

  • Caio Mignone
  • Publicado em 2 de outubro de 2021 às 12:30
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Se a culpa não é dos órgãos públicos, deve ser então da população francana que tem mania de tomar banho e lavar roupa

Prefeito Alexandre Ferreira faz transmissão pelas redes sociais: solução do problema depende da economia da população

Na transmissão que fez pelas redes sociais ao lado do presidente da Sabesp e dos gestores regional e local da Sabesp, o prefeito Alexandre Ferreira afirmou:

“Fico triste pela comunidade, por ter políticos que utilizam de condições específicas para se promover para as eleições do ano que vem. Não foi a Sabesp, a Prefeitura, eu e ex-prefeitos que trouxemos essas dificuldades”.

O prefeito não completou seu pensamento, mas pelo jeito a falta de água e o consequente racionamento é culpa da população que tem mania de tomar banho, mata a sede e lavar roupa.

Descontrole

Se a culpa não é da Sabesp e nem da população, o prefeito talvez quisesse dizer que existem situações que fogem do controle.

Isso até pode ser verdade, mas gestões administrativas eficientes sempre antecipam as situações e fazem planejamento para minimizar os prejuízos da população.

O problema é que os órgãos administrativos francanos confiaram na sorte ou na providência divina.

Chegou-se a um ponto em que os pensamentos e falas esperavam as chuvas como única solução.

Redes sociais

Era como se não houvesse outra maneira. Havia, mas também não dependia do governo: a compreensão e a colaboração das pessoas para economizar água.

E se prefeito acompanhar as redes sociais que ele mesmo utiliza, verá que a população quer mais ação e menos falatório. Afinal, são as pessoas que estão pagando com sacrifício uma falta de planejamento e de gestão.

Ciente da sua imagem de homem público, o prefeito Alexandre Ferreira vai  se aconselhar mais com seus secretários e assessores para ampliar a visão de que a antecipação de atitudes resolve muitos problemas.

Porque depois da cerca arrombada – ou dos canos secos – rezar pode ser uma providência, mas quase nunca será uma previdência.


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