Jorge Paulo Lemann: “Nosso negócio é gente”

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 25 de maio de 2017 às 20:57
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:12
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Recentemente, Jorge Paulo Lemann, um dos fundadores do 3G Capital, e um dos
comandantes de co
mpanhias como a Kraft Heinz, o Burger
King e a maior cervejaria do mundo: a AB InBev, esteve em um bate-papo com
diversos empreendedores em um evento realizado pela Endeavor.

E eu não poderia deixar de compartilhar os ensinamentos passados pelo
brasileiro de mais sucesso na atualidade.

Confira abaixo as principais lições passadas por Lemann:

1 — Nós não
criamos novos negócios. Criamos novas oportunidades para as pessoas crescerem

“Nós temos treinamento de trainees e gente muito jovem porque queremos ter
pessoas dentro de casa que são capazes de realizar o crescimento que nós
acreditamos ser possível. Nossa máquina depende sempre de gerar oportunidades
para os jovens que treinamos, que são excepcionais e têm muita sede por
desafios. É por isso que nós somos sempre obrigados a inventar novidades que
dão oportunidades para as pessoas que trabalham conosco. Talvez seja essa a
razão de termos todo ano mais de 100 mil candidatos a trainee para as 40 vagas da
Ambev.”

2 — Reúna o
time certo e você vai andar mais rápido

“É difícil fazer alguma coisa sozinho. Juntando o time certo você anda mais
rápido e vai mais longe. Quando eu comecei no mercado financeiro, com grandes
bancos dominantes e sem muito espaço, a oportunidade que vi foi atrair a melhor
equipe possível: Claudio Haddad, Beto [Sicupira], Marcel [Telles], André Lara
Resende…Pessoas excepcionais que ajudaram a construir o negócio.”

3 — Em uma
cultura, tem que ter competitividade e colaboração

“O ideal é uma mistura das duas [competição e colaboração], mas também é
importante mensurar qual você quer ver mais presente. A Ambev atrai quem gosta
de competir e esse estilo tem funcionado bastante. Mas, mesmo por lá, os bônus
dependem dos resultados gerais, o que faz as pessoas cooperarem entre si para
que todos atinjam os resultados. É preciso adaptar sua empresa para a cultura
que der mais resultados.”

4 — Na aquisição de novas empresas, sempre surge uma cultura híbrida

“Nas empresas que adquirimos, entrevistamos os executivos principais,
apresentamos a nossa cultura e eles apresentam a deles. Então, entendemos o que
dá para modificar e adaptar. Na Heinz, por exemplo, uma empresa de 10 mil
funcionários, levamos 50 pessoas, conversamos com quem estava lá e chegamos em
uma cultura comum. Nesse processo, muitas pessoas mais antigas foram embora,
por isso foi mais fácil implementar algo mais próximo do que nós somos mesmo
com apenas 50 pessoas.”

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*Esta coluna é semanal e atualizada às sextas-feiras.


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