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Para o investidor mais conservador, assustado com a volatilidade do mercado, a opção da renda fixa pode ser bem mais vantajosa
Não houve surpresas. O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) elevou a taxa básica de juros para 6,25% ao ano na reunião desta quarta-feira. A dúvida para quem tem investimentos é sobre como o ciclo de alta afeta suas aplicações e se é necessário fazer algum ajuste na carteira.
Para quem investe em renda fixa, o mais importante não é o retorno nominal dos investimentos, mas sim que haja juro real positivo, ou seja, o ganho acima da inflação. A elevação da Selic serve também para favorecer esse resultado. Com o IPCA nos patamares atuais, porém, é preciso escolher bem as aplicações atreladas ao CDI para não sair perdendo.
“Considerando a curva de juros de agora até o final do ano, quando a Selic deve chegar aos 8,25% [após mais dois ajustes de 1 ponto percentual], o investidor só conseguirá ficar no zero a zero, sem perder da inflação, com taxas pós-fixadas entre 135% e 140% do CDI”, calcula Sandra Blanco, economista-chefe da Órama Investimentos.
“Pelo que conhecemos do BC e do teor dos comunicados, nós projetamos a Selic entre 8,25% e 8,5% para 2022, ainda com viés de alta, porque há vetores que não conseguimos medir, como crise hídrica e questões políticas”, diz Sandra.
Segundo ela, em declaração ao portal 6 Minutos, “com a inflação prevista de 4,5%, um investimento que paga 100% do CDI dará um juro real de 4%, que hoje o investidor só encontra em alguns títulos atrelados à inflação”.