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O levantamento mostra ainda que 17% da população feminina do Brasil, conforme dados do IBGE, de 2016, concluíram o ensino superior
No Brasil, as mulheres são maioria entre os alunos de graduação e doutorado.
Apesar disso, a sub-representação começa no nível da docência universitária e cresce à medida que os cargos de liderança aumentam e se tornam mais políticos.
A Pesquisa Comparativa sobre Mulheres e Meninas em STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática, na sigla em inglês) na América Latina indica que, nos cargos políticos mais elevados em Ciência e Tecnologia, a representação feminina não passa de 2%.
Vera Oliveira, gerente sênior de Educação Superior do British Council, diz que, ao longo da carreira, as mulheres enfrentam diversas barreiras e falta de incentivos, dentro e fora da academia, para alcançar posições mais altas.
Rede de apoio
Ela cita como exemplo a rede de apoio para mães pesquisadoras e lembra que a licença maternidade para alunas de pós-graduação é uma conquista recente. O British Council é uma das instituições organizadoras do evento.
As bolsas científicas em STEM são 91.103 no Brasil, segundo dados da pesquisa, das quais 58% foram concedidas a pesquisadores brancos. A participação de pesquisadores negros é de 26% e a de indígenas não chega a 1%. Com o recorte de gênero, entre as bolsistas, 59% são brancas. As mulheres negras representam 26,8%.
O levantamento mostra ainda que 17% da população feminina do Brasil, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) de 2016, concluíram o ensino superior.
Entre os homens, o percentual é de 13,5%. O percentual de mulheres brancas com diploma é maior, 23,5%. Os alunos matriculados no ensino superior, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) 2020, somam mais de 8,4 milhões, sendo 57% mulheres e 43% homens.
“As mulheres são grandes contribuintes para as publicações no Brasil: 51% dos autores de publicações científicas são mulheres, enquanto 40% dos 10% dos principais autores mais produtivos são mulheres.”
(Com informações da Agência Brasil)